O candidato da CDU à Câmara Municipal de Mangualde, António Vilarigues, disse que quer reforçar o número de eleitos no concelho e, entre outros projetos, considera a criação de uma mini central de camionagem prioridade.
Com um eleito na Assembleia Municipal, nas autárquicas de 2017, António Vilarigues admitiu à agência Lusa que um dos “principais objetivos” para estas eleições é o de “reforçar o número de eleitos e eleger também nas freguesias”, onde “só não apresenta candidatos em três”.
“A população já percebeu a força da CDU e o trabalho que temos feito, apesar de o presidente da Câmara não admitir, muitos dos problemas foram resolvidos, ou estão em resolução, devido à denúncia e às propostas da CDU. Se conseguirmos eleger um vereador teremos ainda mais força na autarquia”, destacou.
António Vilarigues referiu que, nos últimos quatro anos, o partido “participou em todas as assembleias municipais, incluindo as extraordinárias, apresentou mais de uma dezena de moções e recomendações e mais de uma centena de requerimentos e perguntas por escrito”, sendo que “nem todas tiveram ainda resposta”.
Entre os projetos que o partido quer desenvolver em Mangualde, António Vilarigues destaca “a criação de uma mini central de camionagem”, como prioritária, até porque “já tem sido uma luta e, apesar de todos os partidos concordarem com a CDU, ainda continua por fazer” esta infraestrutura.
“Mangualde não tem um espaço para os autocarros o que é uma vergonha, porque eles param o trânsito ali ao fundo da avenida principal, porque não têm se quer um desvio para fazer”, explicou.
E as pessoas, continuou, “estão com as suas malas num passeio, faça chuva ou faça sol, à frente de um café” e os que chegam à cidade “saem ali no meio da rua com as suas bagagens no meio do passeio”.
O candidato, que no seu currículo tem mais de 20 anos ao serviço do Partido Comunista Português (PCP) e também assessoria junto de políticos como António Guterres, lembrou que “nunca como agora as câmaras têm tanto dinheiro à disposição, tendo em conta a famosa “bazuca” e os apoios comunitários”.
Neste sentido, Mangualde tem de “crescer e desenvolver”, o que, sustentou, “só é possível com uma visão estratégica que inclua emprego com direitos, valorização e capacitação de produção nacional, o acesso aos serviços públicos de saúde, educação e da justiça”, exemplificou.
Uma visão que deve chegar “às enormes potencialidades” do concelho e que, segundo António Vilarigues, passam pelos “recursos naturais, agropecuária, florestais, energéticos, minerais, hídricos, turísticos e um enorme património ambiental, cultural e histórico”.
“Dada a proximidade a Viseu, tem capacidade científica com o importante polo do ensino superior e nós vamos para estas eleições com o objetivo de criar condições para que isto passe à prática, para inverter uma situação que está dependente dos défices crónicos e que, em Mangualde, podemos contribuir para essa inversão”, defendeu.
António Vilarigues, natural de Lisboa vive há 17 anos no concelho vizinho de Penalva do Castelo, mas acompanha e já foi dirigente do partido em Mangualde, e aceitou o desafio, tendo em conta que a candidata inicial, Sara Bogarim, “ficou impedida de fazer campanha, por motivos de mobilidade física”.
Assim, o candidato de 67 anos, que ocupava o segundo lugar na lista inverteu a posição e passou a primeiro, ficando Sara Bogarim em segundo, para as eleições autárquicas marcadas para 26 de setembro.
À presidência de Mangualde concorrem também Marco Almeida (PS), Joaquim Patrício (PSD/CDS-PP) e António Pais Silva (Chega) para uma câmara liderada pelo PS com seis mandatos, e um da oposição, do PSD.
Atualmente a autarquia é presidida por Elísio Oliveira (PS) que não se candidata, e que subiu à presidência em 2019, aquando da saída do então presidente João Azevedo para deputado na Assembleia da República, nas eleições legislativas.
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