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Rui Ladeira presidente CM Vouzela

Autarca de Vouzela convida novo ministro a conhecer estado de estradas

O presidente da Câmara de Vouzela, Rui Ladeira, vai convidar o novo ministro das Infraestruturas, João Galamba, a conhecer o estado da Estrada Regional (ER) 228 e do ex-Itinerário Principal (IP) 5, e pedir-lhe a intervenção urgente nestas vias.

A decisão de convidar o ministro a visitar o concelho prende-se com o atual estado de conservação do ex-IP5 e surge após as recentes derrocadas na ER 228.

“Queremos que o senhor ministro João Galamba tenha conhecimento objetivo e no terreno do que está a acontecer com estas estradas, para ver se não se repete o que aconteceu com o seu antecessor, que em mais de dois meses de insistência para uma audiência em Lisboa nunca respondeu”, justificou o autarca social-democrata.

A autarquia recordou que o IP5 “é uma estrada que se encontra muito degradada e perigosa e que, desde a abertura da (autoestrada) A25, praticamente não tem sido alvo de obras de beneficiação”, mesmo continuando a ser uma via muito utilizada pelos condutores que querem evitar os pórticos da autoestrada.

Em 2019, este autarca do distrito de Viseu colocou o problema à Infraestruturas de Portugal (IP) e recebeu a informação “de que estariam previstas, para 2022, obras de requalificação do piso e nova sinalização, o que não aconteceu”.

“Cerca de três anos após as tempestades Elsa e Fabien terem provocado vários danos na ER 228 em Vouzela, a via continua sem sofrer obras de fundo. A estrada chegou a estar encerrada ao trânsito durante cerca de um ano, depois de várias derrocadas terem arrastado parte do piso”, lamentou.

Segundo a Câmara de Vouzela, “nos últimos meses, devido ao mau tempo, voltaram a registar-se deslizamentos de terras e pedras, e a perigosidade aumentou drasticamente”.

“A IP, entidade gestora daquela via, reconhece o problema, tendo um relatório técnico de março de 2021 identificado 21 pontos críticos, cuja intervenção urgente deverá ser feita em duas fases”, acrescentou.

A primeira fase do projeto já foi adjudicada, estando orçamentada em 2,8 milhões de euros, mas, de acordo com a autarquia, “ainda não foi executada, porque não tem o visto do Tribunal de Contas (TC)”.

“Tal não acontece porque só agora, recentemente, foi iniciado o processo de expropriações, critério essencial para a autorização do TC”, explicou.

Atendendo ao plano de trabalhos da IP para a primeira fase, “a obra está em incumprimento significativo, superior a um ano, já que deveria estar concluída em outubro de 2022”, encontrando-se o empreiteiro a aguardar autorização, “desde julho de 2022, para arrancar com a obra”, referiu.

Lusa

 

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