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Autarca de Viseu exige contrato relativo a projeto de ligação ao Sátão

O presidente da Câmara de Viseu vai exigir um contrato assinado com o Governo relativo ao projeto de ligação rodoviária ao Sátão que tem andado a ser negociado com a Infraestruturas de Portugal (IP).

Durante a reunião da Assembleia Municipal, Almeida Henriques (PSD) foi questionado sobre as negociações, atendendo ao estado atual da Estrada Nacional (EN) 229, onde frequentemente se registam acidentes.

“A expectativa é, até ao final do ano, termos cá o projeto para os nossos serviços darem o ‘ok’ final”, respondeu o autarca, acrescentando que o projeto, orçado em 12,2 milhões de euros, inclui “a vertente da qualificação da EN229 do parque do Mundão para a frente e a variante que irá ligar o parque do Mundão ao Caçador”.

“Desta vez, quero um contrato escrito, assinado entre os presidentes de Câmara e rubricado pelo senhor ministro, que é para não voltarmos outra vez a andar nisto”, frisou Almeida Henriques.

O autarca lembrou um protocolo assinado no tempo do Governo de Passos Coelho, que foi “simplesmente riscado”, tendo-se, com isso, perdido quatro anos.

“A verdade é que os Governos muitas vezes não honram os compromissos que vêm de trás”, lamentou.

Almeida Henriques referiu que o município de Viseu se disponibilizou a pagar um milhão de euros e o do Sátão 200 mil euros, mesmo não tendo essa obrigação, uma vez que se trata de uma obra nacional, que serve 11 concelhos.

No final de novembro, os autarcas de Viseu e do Sátão reuniram-se com o presidente da IP, estando a ser negociado o montante que terão de pagar no projeto de ligação rodoviária dos dois concelhos.

Ficou já acertado que a IP assumirá a responsabilidade das expropriações e do projeto elétrico, sendo o único ponto de discórdia a comparticipação dos municípios nestas obras. A IP entende que os municípios devem pagar 1,8 milhão de euros, acrescentou.

“A questão da EN229 já cansa pelo sofrimento que ela traz. Todas as semanas há pessoas que são vítimas de acidentes”, afirmou, acrescentando que os autarcas dos 11 municípios entendem que “esta estrada é prioritária”.

O autarca social-democrata considerou “incrível como o Estado central começa sistematicamente a empurrar as suas responsabilidades para o Estado local”.

“Quando há um problema em Lisboa, no eixo mais litoral, o dinheiro nunca falta. Mas falta o dinheiro para obras no interior no país. O discurso e a prática não jogam”, criticou.

 

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