Os presidentes das câmaras de Baião e Resende e os líderes das distritais do PS/Porto e Viseu manifestaram descontentamento com o Governo por o Plano Nacional de Investimentos não prever a ligação à ponte da Ermida.
Reunidos em Baião para analisar o assunto, deputados dos dois distritos, acompanhados dos autarcas de Baião (Porto) e Resende (Viseu), prometeram que irão pressionar o Governo para incluir aquela infraestrutura rodoviária reclamada desde 1985.
António Borges, presidente da distrital de Viseu, e Manuel Pizarro, da distrital do Porto, acentuaram a necessidade de o executivo de António Costa ser sensível à reivindicação dos dois concelhos, em nome da coesão territorial.
António Borges disse ser “impensável que um investimento como este não esteja no PNI 2030”, deixando a ideia de que será ainda possível, na Assembleia da República, alterar aquela situação.
A variante hoje reclamada teria uma extensão de cerca de 13 quilómetros. A primeira fase, entre Baião e a EN 108, na zona de Santa Cruz do Douro, seria uma construção de raiz, com cerca de sete quilómetros. A segunda fase, até às proximidades da ponte da Ermida, numa extensão de cerca de seis quilómetros, seria através da requalificação do atual troço da EN108.
O conjunto das duas fases representaria um investimento de 26 milhões de euros.
Na reunião, que se realizou em Santa Marinha do Zêzere, no concelho de Baião, a poucos quilómetros da ponte da Ermida, sobre o Douro, que une os dois municípios e os dois distritos, foi apresentado um documento que faz a cronologia do conturbado processo, desde 1985, destacando-se os 18 estudos, a construção da ponte em 1998, inaugurada por Jorge Sampaio, e o lançamento do concurso para a variante em 2009.
Apesar de chegar a ser objeto de concurso público, a obra nunca chegou a arrancar, mantendo-se as dificuldades de ligação entre Baião e a Ponte da Ermida, infraestrutura que foi concebida e dimensionada para ser um eixo viário que ligasse a A4, em Penafiel, às A24, em Lamego, passando por Marco de Canaveses, Baião e Resende.
As duas primeiras fases foram realizadas, mas a terceira, entre Baião e a Ponte da Ermida, e a quarta, até Bigorne, nunca saíram do papel, como foi hoje lamentado pelo presidente de Resende.
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