Auditoria às contas da Câmara de Lamego revela passivo de 80 milhões euros.
O passivo do Município de Lamego ascendeu a 79 milhões e 481 mil euros, em outubro de 2017, indica o relatório da auditoria externa, às contas da autarquia.
O aumento da dívida resultou, segundo o relatório, do processo de internalização da empresa “Lamego Renova”, em 2016, que registava um passivo de 81 milhões e da internalização da empresa “Lamego ConVida” que apresentava um passivo de 62 milhões de euros.
Esta análise confirma que “a coligação “Todos Juntos por Lamego”, suportada pelo PSD e CDS/PP e que governou a Câmara Municipal de Lamego durante 12 anos, constituiu uma gestão irresponsável, desbaratando recursos públicos de forma pouco transparente, pondo em causa a sustentabilidade financeira do Município”, destaca o Presidente Ângelo Moura.
Esta auditoria externa representa o cumprimento de uma promessa eleitoral firmada pelo atual executivo, realça o autarca de Lamego.
A auditoria efetuada pela empresa externa, teve como objetivos fundamentais realizar uma análise rigorosa e factual da evolução da situação financeira, desde janeiro de 2014 a outubro de 2017.
O documento detalha ainda as despesas de representação realizadas naquele período, em termos de artigos de oferta, deslocações, estadias e ajudas de custo.
Na área da contratação pública, destaca, em 2016, o facto de 43 por cento da faturação ter data anterior à data do cabimento registado, chegando a registar-se um desfasamento de 139 dias, realça o documento divulgado pela autarquia.
A auditoria identificou despesas no valor de 186 mil e 903 euros, sem que tivesse ocorrido qualquer nota de encomenda ou requisição externa devidamente autorizada.
O Município de Lamego vai remeter agora o relatório da auditoria externa para as entidades competentes, Tribunal de Contas, a Inspeção-Geral de Finanças e o Ministério Público.
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