A assembleia intermunicipal da Comunidade Intermunicipal (CIM) Viseu Dão Lafões aprovou hoje, com duas abstenções, o orçamento para 2022, a rondar os 20 milhões de euros (ME).
“O orçamento é de cerca de 20 milhões de euros (ME) e tem um grande destaque na área da mobilidade e transportes, com o alargamento do projeto-piloto “Ir e Vir” aos restantes municípios da comunidade”, assumiu o presidente da CIM Viseu Dão Lafões.
Atualmente, o projeto de mobilidade “Ir e Vir” arrancou em 04 de outubro em seis, dos 14 municípios que constituem a CIM Viseu Dão Lafões: Aguiar da Beira, Nelas, Oliveira de Frades, Santa Comba Dão, Tondela e Vouzela e começou com 26 taxistas e 20 circuitos.
“Tendo em conta a procura que começou a ter, depois de duas a três semanas, houve o passa a palavra e, por ser projeto piloto, fomos fazendo ajustamentos, nomeadamente em horários e alargámos ao fim de semana também e, a partir de fevereiro do próximo ano estará disponível em toda a CIM”, explicou o secretário executivo, Nuno Martinho.
O turismo, a cultura, a floresta, a Ecopista do Vouga e a concretização de Sistema de Informação Cadastral Simplificado estão também em destaque no documento estratégico das atividades para 2022.
Fernando Ruas, também presidente da Câmara Municipal de Viseu, assumiu também que no decorrer do próximo ano “haverá uma atenção especial para pacto na área do Desenvolvimento e Coesão Territorial, no âmbito do novo quadro financeiro plurianual, de forma a que haja mesmo coesão territorial”.
A assembleia intermunicipal de hoje aprovou também, com 44 votos a favor e um em branco, a recondução do atual secretário executivo, Nuno Martinho, para os próximos quatro anos de mandato.
O presidente da CIM, eleito em 27 de outubro, apresentou “a pouca atividade” neste período e de onde destacou três reuniões: com o coordenador do combate à pandemia na região Centro e secretário de Estado do Desporto, João Paulo Rebelo; com o vice-presidente das Infraestruturas de Portugal, Carlos Fernandes, e com a presidente da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional (CCDR) do Centro, Isabel Damasceno.
Em causa esteve o “pedido para as câmaras serem ressarcidas do dinheiro em falta, gasto com a pandemia”, as obras no IP3, entre Viseu e Coimbra, e a “falta de projeto para o IC12”, que liga Mangualde a Santa Comba Dão, e ainda um pedido para um “olhar benevolente” para os projetos da CIM Viseu Dão Lafões.
Os temas das reuniões aqueceram os ânimos entre os deputados intermunicipais, alguns também nacionais, e as acusações entre os eleitos pelo Partido Socialista (PS) e pelo Partido Social Democrata (PSD) acabaram por ocupar parte do tempo.
Um debate que causou “desagrado” a outros deputados, alguns estreantes, que subiram ao púlpito para pedir para o debate intermunicipal “não ser confundido com o da Assembleia da República”, até porque, defenderam, “o importante é a região unida, independentemente dos partidos políticos de cada” um.
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