A greve convocada pelo Sindicato dos Enfermeiros Portugueses (SEP) entre os dias 13 e 17 de agosto, teve uma adesão de 67% no hospital de Viseu e de 90% no hospital de Tondela, disse à Lusa, o dirigente sindical Alfredo Gomes.
“A adesão à greve no Centro Hospitalar Tondela/Viseu foi superior ao que perspetivávamos, tendo em conta que estamos num período de férias”, referiu Alfredo Gomes, da Direção Regional da Beira Alta do SEP, aludindo ao turno das 08h00 às 16h00.
Segundo o dirigente, no Hospital de S. Teotónio, em Viseu, “o bloco esteve parado, as cirurgias foram todas canceladas, apenas funcionou para a urgência”.
No Hospital Cândido de Figueiredo, em Tondela, “as consultas estiveram paradas, o bloco fechou e nos serviços de internamento foram prestados os cuidados mínimos”, acrescentou.
Alfredo Gomes explicou que um dos motivos desta greve é “o descongelamento das progressões, que ainda não avançou” no Centro Hospitalar Tondela/Viseu. “Nós queremos pressionar o conselho de administração, até porque tem autonomia para avançar com o processo. Já desde janeiro que devia ter avançado”, frisou.
Segundo o dirigente sindical, outra das razões que levou à greve é a falta de pagamento do suplemento remuneratório a alguns enfermeiros especialistas. “Embora não seja um problema muito grande neste hospital, há efetivamente alguns colegas que não o receberam”.
A contratação de mais enfermeiros é outra das exigências, embora o sindicato reconheça que “o centro hospitalar já tem contratado alguns enfermeiros desde junho, mas ainda é um número muito insuficiente” para as necessidades. “Neste momento, os enfermeiros da instituição são mais de 800 e na bolsa de recrutamento já foram contratados cerca de 30 enfermeiros”, afirmou, acrescentando que o sindicato identificou a necessidade de contratar “60 a 100 enfermeiros, no mínimo”.
Os sindicatos marcaram nova greve nacional esta quarta-feira, 22 de agosto, para 20 e 21 de setembro, na sequência de uma reunião com a UGT e contra a falta de propostas do Governo para a carreira.
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