O Académico de Viseu criticou hoje a decisão tomada pelo Conselho de Disciplina (CD) da Federação Portuguesa de Futebol, que confirmou os açorianos na I Liga de futebol. Presidente do Santa Clara, por outro lado, diz que se “fez justiça”.
“O Santa Clara recebeu a decisão com tranquilidade. É mais uma vitória do Santa Clara e dos Açores. Acreditamos que foi feita justiça, uma justiça proporcional, uma justiça que, acima de tudo, foi o que nós defendemos”, afirmou Rui Cordeiro, presidente do Santa Clara.
O dirigente falava aos jornalistas no Estádio de São Miguel antes do último jogo de preparação da época frente ao Sporting Ideal, do Campeonato Portugal.
Quanto a um possível recurso das equipas queixosas, Rui Cordeiro afirmou apenas que é “direito constitucional, que está ao acesso de qualquer cidadão”.
O Santa Clara vai poder disputar a I Liga, depois de o Conselho de Disciplina da Federação Portuguesa de Futebol ter absolvido os açorianos pela alegada falta de habilitações do treinador, disse hoje à agência Lusa fonte dos insulares.
Fonte oficial do Santa Clara confirmou à Lusa a decisão, que absolveu os açorianos e julgou improcedentes as queixas de Académica e União da Madeira, sobre uma alegada fraude nos contratos com elementos da equipa técnica, devido ao facto de o treinador Carlos Pinto não ter formação adequada para treinar uma equipa da II Liga.
A versão do Académico de Viseu
“Quando se chega a este ponto, em que se diz não se conseguir provar que Carlos Pinto era o treinador principal, está tudo dito”, disse à agência Lusa Pedro Ruas, advogado do clube viseense.
O clube açoriano indicava Luís Pires, coordenador da formação, como técnico principal, sem que este tenha estado nos jogos, mas, segundo o advogado do clube, “é dito pelo CD que não se conseguiu provar que o técnico principal não era Carlos Pinto, o que, no mínimo, parece bizarro”.
“Estamos a aguardar com serenidade, mas com total confiança, que no TAD nos será dada razão”, terminou.
A decisão do Conselho de Disciplina
De acordo com o despacho do Conselho de Disciplina (CD), a que a Lusa teve acesso, o órgão federativo concluiu que o “quadro técnico do Santa Clara não sofreu qualquer alteração” durante a época, integrando Luís Pires, que detinha habilitações.
O Santa Clara assegurou a promoção à I Liga, com o segundo lugar no segundo escalão, com 66 pontos, mais dois do que o Académico de Viseu, terceiro classificado, enquanto o União da Madeira ‘caiu’ para o Campeonato de Portugal, ao terminar o campeonato no 17.º posto, com os mesmos 44 pontos do Sporting de Braga B.
Lusa
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