O empresário Luís Veiga pede aos grupos parlamentares que defendam uma proposta comum de redução das portagens nas antigas Scut (vias sem custo para o utilizador) em 2021 e que leve à sua abolição ainda na atual legislatura.
“Só se manterá o atual quadro da falta de mobilidade se não se quebrar em definitivo a inatividade dos grupos parlamentares em apoiar uma proposta comum de redução para 2021, que leve à abolição, ainda na atual legislatura”, refere Luís Veiga, numa carta aberta enviada aos grupos parlamentares.
Membro fundador do movimento Empresários p’la Subsistência do Interior e da Plataforma P’la Reposição das SCUT, o empresário considera que “um sinal singelo, mas positivo, seria, no mínimo, consensualizar uma proposta de redução de 50% a partir de 2021”, de forma automática e universal para as classes 1 e 2.
Luís Veiga alerta que, sobre a Beira Interior, “abateu-se, em finais de 2011, o mais penoso custo de contexto de que há memória: as portagens, em vias que tinham sido construídas para combater precisamente as assimetrias litoral-interior, estimulando a coesão territorial”.
“As Scut A23 e A25, que constituem a segunda circular do eixo viário Viseu – Guarda – Covilhã – Fundão – Castelo Branco, tornaram-se também as mais caras do país e assim continuam em contraponto com as mais baratas: Lisboa – Cascais”, lamenta.
No seu entender, “o futuro da Beira Interior e da sua competitividade está nas mãos dos deputados, dado deterem essa prerrogativa em sede de discussão na especialidade do Orçamento Geral do Estado para 2021”.
“Não basta falar à boca cheia de mobilidade, porque afinal ficámos a saber que o Plano de Recuperação e Resiliência entregue em Bruxelas dedica a Lisboa e ao Porto a maior fatia das subvenções com a expansão dos metros respetivos, autocarros rápidos, novas vias”, sublinha o empresário, lamentando que o interior vá “receber migalhas no que se encontra previsto no plano para infraestruturas, transportes e mobilidade”.
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