O ministro do Planeamento e Infraestruturas, Pedro Marques, afirmou esta terça-feira que a ligação aérea Bragança – Lisboa, suspensa há três anos e hoje retomada com nova rota, nunca deveria ter sido interrompida. “É com satisfação que vemos o retomar desta ligação que foi incompreensivelmente interrompida por razões que se vieram a constatar que não faziam sentido nenhum, de tal maneira que foi retomada nos termos anteriores”, disse à chegada ao aeródromo de Vila Real, depois de partir de Cascais, naquele que foi o voo inaugural desta linha aérea.
A nova linha aérea regional fará a ligação Bragança-Vila Real-Viseu-Cascais-Portimão, tendo sido concessionada à Aero Vip que receberá do Estado, durante esse período, um total de 7,8 milhões de euros. Esta concessão surge depois de, em novembro de 2012, o Governo ter suspendido os voos entre Bragança/Vila Real e Lisboa (que já eram realizados pela Aero Vip), com o argumento de que Bruxelas não autorizava mais o financiamento direto de 2,5 milhões de euros por ano à operadora.
“Não é agora o mais importante, mas andar aqui a poupar dois milhões de euros por ano com determinados subterfúgios legais para encravar o acesso ao interior não fez sentido algum”, frisou Pedro Marques, acrescentando que “2,5 milhões de euros por ano não é um valor tão expressivo para o Orçamento de Estado global que fosse pretexto para interromper uma ligação tão importante para o interior do país”.
O governante socialista garantiu que hoje se “desencravou” mais um modo de acessibilidade ao interior do país, “extremamente importante” para as populações. “A interrupção de três de anos foi muito negativa para a região e para o país”, frisou, considerando que este investimento do Estado é uma forma de potenciar a coesão territorial e social.
“É um investimento crítico para a criação de emprego no interior porque a acessibilidade e a capacidade de levar bens e serviços ao litoral é importante para os postos de trabalho se fixarem aqui no interior”, insistiu Pedro Marques. Por esta razão, o ministro classificou o dia de hoje como “muito importante para o país, nomeadamente para o interior, e para os portugueses que acreditam na coesão social.
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