O Sacerdote Polaco Krzystof está a dividir opiniões no mundo inteiro. Lançou agora o livro “A Primeira Pedra” contra a hipocrisia da Igreja em que assume a sua orientação sexual.
Falámos com o Padre Cardoso, e numa conversa aberta respondeu-nos a 5 perguntas. E surpreendeu.
O Padre Cardoso começa a entrevista a dizer: “felizmente vivemos num mundo livre e cada um diz o que entende”. Explica que a Igreja defende a família heterossexual como um caminho normal, mas garante que não condena a homossexualidade. O problema imposto neste caso é a questão do “Celibato”. “Se o Padre Krzystof dissesse simplesmente que era homossexual não levantaria problema algum”. O que se “condena” é ter afirmado que o praticava quando estava sob a promessa de Celibato.
O Sacerdote Polaco perdeu as funções por ter quebrado o voto. O Vaticano condenou o padre polaco por ter revelado a sua homossexualidade na véspera de um grande sínodo, considerando o ato “muito sério e irresponsável”.
O Padre José Cardoso acredita que no futuro a Igreja Católica repense o Celibato. Defende a opção e a história de Krzystof, mas critica a maneira como o fez e na altura em que o fez. Para ele, há algo bom a retirar: levar a Igreja a reflectir estes temas.
O Padre de Sátão refere que todos temos direito a passar por uma crise. No caso de Krzystof foi uma decisão definitiva que não lhe permitiu renovar o compromisso. Se em causa estivesse uma relação heterossexual o resultado era o mesmo. Acredita que não esteja a ser um caminho fácil para o polaco.
Krzystof enviou uma carta, em Outubro do ano passado, ao papa Francisco, na qual rejeita “publicamente a violência da Igreja relativamente às pessoas homossexuais”. O Padre Cardoso esclarece que não há violência física na Igreja. Quanto à falta de resposta do Papa Francisco “ele não é obrigado a responder a tudo”, mas tem Krzystof guardado num lugar especial.
Para terminar, perguntámos se o Padre Krzystof continuava a ser bem-vindo na casa de Deus. O Padre Cardoso não hesitou na resposta:
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