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Hospital de Viseu vai ter equipa comunitária de apoio psiquiátrico a crianças e adolescentes

O diretor clínico do Centro Hospitalar Tondela Viseu (CHTV) disse hoje que “está por dias” a criação de uma equipa comunitária de saúde mental de psiquiatria da infância e adolescente, sediada na unidade hospitalar de Tondela.

“Estamos por dias, só a aguardar a aprovação do Ministério das Finanças para disponibilizar a verba necessária para a criação de uma equipa comunitária de saúde mental de psiquiatria da infância e adolescente”, afirmou Eduardo Melo.

O diretor clínico do CHTV anunciou a criação desta equipa no decorrer de uma sessão de apresentação e esclarecimento do plano de saúde mental, promovido pela Administração Regional de Saúde (ARS) do Centro.

A sessão contou com a presença do coordenador regional da saúde mental da ARS Centro, João Redondo, que deu a conhecer as principais alterações previstas na lei para trabalhar esta área e que, “no fundo, vai promover maior proximidade entre profissionais e comunidades”.

“Pela primeira vez, a saúde mental tem orçamento e nós estamos a trabalhar no sentido de formar pessoas para uma nova forma de agir, envolvendo a comunidade num trabalho em rede, de forma a trabalhar a saúde mental na fase da prevenção”, sublinhou João Redondo.

Com isso, continuou o responsável, “os profissionais vão junto dos utentes”, que terão “como ponto principal um terapeuta de referência”, que será o elo “entre o utente e a unidade de saúde – e essa proximidade é muito importante”.

Uma aproximação que a nova equipa “irá promover”, disse no final da sessão à agência Lusa Eduardo Melo, “à semelhança do que faz a de adultos, com sede em Castro Daire e que está a ter um grande sucesso”.

“É o mesmo modelo e vamos ter a possibilidade de adquirir uma viatura elétrica e contratar recursos humanos para a equipa”, que integra “um pedopsiquiatra, dois psicólogos, um terapeuta ocupacional, um enfermeiro, um assistente social e um administrativo”, explicitou.

Estas equipas, apontou, “retiram pessoas das unidades hospitalares, já que os profissionais acompanham os utentes no seu meio familiar e social” e, “como a de Castro Daire já demonstrou, tem mais-valias para os utentes e para os profissionais”.

Sem adiantar o montante necessário, Eduardo Melo reconheceu que “está previsto no PRR [Plano de Recuperação e Resiliência] e que será para o arranque da equipa, entre a aquisição da viatura e a contratação dos recursos” humanos.

A nova equipa “vai começar por fazer um levantamento das necessidades do território” e vai atuar, “não só no concelho de Tondela, onde ficará sediada, como também em toda a zona sul do distrito [de Viseu], como Carregal do Sal e Nelas”, por exemplo.

Lusa

 

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