Terminado o grande incêndio que destruiu parte do concelho de S. Pedro do Sul chegou a hora de meter os pontos nos “i’s” e responder a todas as perguntas e polémicas dos últimos dias.
O autarca de S. Pedro do Sul começou a conferência de imprensa esclarecendo que não houve nenhuma queixa formal às autoridades competentes. O que houve sim, foi uma conversa com o Primeiro Ministro sobre o que aconteceu.
O Presidente refere que não foi só o concelho que sofreu consequências. O estado também ficou prejudicado com a demora de actuação porque teve de deslocar meios aéreos desnecessários, milhares de homens e centenas de viaturas à região.
No seguimento da polémica quanto à falta de pontos de água para abastecer os meios envolvidos no combate deixou o assunto bem claro. Ao contrário do que foi afirmado o concelho tem ao alcance 48 pontos de água aéreos, 26 mistos 14 terrestres.
O autarca responde às críticas do Plano Municipal de Emergência da Protecção Civil e deixa claro que o plano foi feito mas não foi accionado nem mereceu qualquer resposta.
No que diz respeito aos estradões Vítor Figueiredo afirma que foram 127 quilómetros de abertura e limpeza de estradões.
Dirigindo-se ao “Sr. De Barbas”, O presidente garante que este ano foi aquele que mais acções de sensibilização teve. Entre 10 de Abril e 19 de Junho fizeram-se 20 acções.
Respondendo ao “mesmo senhor” no seguimento de ter afirmado que havia muito mato ao redor das casas… contabilizam-se 194 notificações. 93 inseridas em áreas florestais e 101 em zonas urbanas.
Vítor Figueiredo enumera os principais problemas que a região vai passar no futuro. Durante 6 meses os animais não terão pasto para se alimentarem. A Vitela de Lafões, uma marca da região, fica comprometida. No futuro, vão verificar-se problemas de desmoronamentos. As águas vão ficar poluídas com as cinzas na altura em que as chuvas chegarem e a indústria da madeira causará problemas quanto à empregabilidade no concelho.
Quando questionado sobre números concretos quanto ao prejuízo da região o presidente afirmou que não há condições humanas para conseguir contabilizar e portanto não se sente em condições de avançar com números.
Por agora começaram os trabalhos para levar S. Pedro do Sul à normalidade: limpeza das vias, linhas de electricidade, telefones e abastecimento de água.
Questionado pelos jornalistas sobre o problema dos comandos Vítor Figueiredo refere que isso é uma guerra de bombeiros e que a ele não lhe diz respeito.
Com um fogo importado do distrito de Aveiro, foi perguntado ao presidente se não devia ter sido accionado o Plano Distrital da Defesa da Floresta uma vez que tinha um carácter interdistrital.
Nos últimos meses fizeram-se redes primárias e secundárias para limpeza do mato. Contudo, o fogo passa sempre que não haja meios para o combater.
Sexta-feira o presidente vai reunir-se com a Cáritas para entender o que poderá ser feito para ajudar as famílias lesadas.
Vítor Figueiredo adiantou que pediu o envio de técnicos do estado para conseguirem ordenar o território para evitar problemas futuros.
O autarca pede descanso e garante que hoje foi o último dia em que se falou no grande incêndio que abalou S. Pedro do Sul.
Vítor Figueiredo lança o alerta para que situação semelhante não volte a acontecer no país.
Para concluir Vítor Figueiredo faz um agradecimento especial a todos os Bombeiros, em especial aos de S. Pedro de Sul porque foram incansáveis; aos Sapadores Florestais; à GNR; aos Escuteiros; à população; aos militares e aos Jornalistas.
Declarações de Vítor Figueiredo, Presidente de S. Pedro do Sul, numa conferência de imprensa aos jornalistas hoje pelas onze da manhã.
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