O PSD lamentou a existência, desde a pandemia de covid-19, de “vários enfermeiros com contratos precários” no hospital de Viseu e que se verifique o “constante atraso” na abertura das novas instalações do serviço de urgências.
Em comunicado, a secção de Viseu do PSD, presidida por João Paulo Gouveia, referiu que “são mais de 40 enfermeiros dos vários serviços que foram contratados durante a pandemia” e que “continuam a trabalhar no hospital de Viseu”.
No seu entender, é comprovada, “a cada dia, a importância e a necessidade permanente do trabalho e do contributo dos mesmos”, mas sem terem “direito a um vínculo efetivo ao hospital e ao Serviço Nacional de Saúde”.
A situação foi denunciada na semana passada pelo Sindicato Democrático dos Enfermeiros de Portugal (SINDEPOR), que apontou para a manutenção de cerca de 40 enfermeiros com contratos precários desde o período da pandemia de covid-19.
“São enfermeiros que foram contratados durante o período pandémico, que continuaram a trabalhar no hospital de Viseu, comprovando-se a necessidade permanente dos mesmos, mas sem terem direito a um vínculo efetivo”, referiu o SINDEPOR.
Contactada pela agência Lusa, fonte do Centro Hospitalar Tondela Viseu informou que se mantêm atualmente 45 enfermeiros em contrato individual de trabalho a termo incerto.
“Constitui propósito do conselho de administração obter a regularização dos vínculos precários destes profissionais, que foram essenciais no combate à pandemia, tendo sido previstos os correspondentes lugares no mapa de pessoal, no âmbito do Plano de Atividades e Orçamento para 2023, que foi submetido à apreciação por parte da Saúde e Finanças”, garantiu.
O PSD criticou também o “atraso das obras da urgência”, cuja inauguração esteve “anunciada para outubro de 2022” e que depois foi “adiada para dezembro”.
“Chegamos ao mês de março de 2023 e não compreendemos porque é que o atendimento diário de centenas de utentes continua a efetuar-se em contentores, quando as instalações já estariam prontas e revistas no início do ano”, frisou.
Aquela estrutura partidária considerou que se trata de “uma situação lamentável”, que demonstra como o Estado Central tem tratado os profissionais de saúde.
“Tanto o adiar da abertura da nova urgência, como esta situação da não regularização da situação profissional destes enfermeiros, colocam em causa o atendimento do nosso Hospital aos nossos concidadãos”, acrescentou.
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