O Arquivo Municipal de Viseu, está a partir de agora a funcionar no rés do chão da Igreja Madre Rita, após um investimento de cerca de 737 mil euros, que permitiu a centralização do acervo documental.
“Seguramente, as pessoas serão aqui bem atendidas, já que dispomos de espaço físico e também de pessoas capacitadas para dar esse apoio”, afirmou o presidente da Câmara de Viseu, Fernando Ruas, durante a cerimónia de inauguração do espaço.
O acervo documental do município encontrava-se dividido por cinco espaços, nomeadamente Paços do Concelho, Solar dos Peixotos, edifício camarário da Rua João Mendes, Casa Amarela e Biblioteca Municipal.
Agora, a documentação está centralizada em instalações que, segundo a autarquia, garantem as corretas condições de receção, gestão, manutenção e conservação.
No rés do chão da Igreja Madre Rita, situada na Avenida Quinta da Alagoa, foram criadas quatro salas de arquivo que guardam toda a documentação alusiva aos processos de urbanização e edificação do município de Viseu, num total de 1.253 metros quadrados.
Fernando Ruas frisou que este investimento municipal é também uma forma de ajudar na “tarefa gigantesca” de terminar a construção da Igreja Madre Rita, atendendo a que, neste momento, existem “algumas dificuldades”.
Segundo o autarca, a obra “há de terminar, seguramente, com esta ajuda e este apoio que não pode regredir”.
“Como tive oportunidade de dizer aos responsáveis pela igreja, a câmara está sempre disponível para ajudar”, frisou Ruas, acrescentando que, “naturalmente, não terá disponibilidade total para acabar a obra de uma só vez”.
A diretora do Arquivo Municipal de Viseu, Sofia Vasques, explicou que o espaço “foi concebido para responder às necessidades de um arquivo, para um atendimento ao público, para o acondicionamento e triagem da documentação”.
“Daí terem sido criados quatro depósitos, três deles com uma capacidade para 13 mil metros lineares de documentação, com estantes compactas, que protegem da luz e de poeiras”, explicou a arquivista, congratulando-se por o executivo social-democrata perceber a importância deste serviço quer para a gestão municipal, quer para os munícipes.
O Arquivo Municipal de Viseu passa assim a proporcionar um serviço mais célere e cómodo para os cidadãos, que inclui a consulta, a reprodução, o levantamento da documentação e o respetivo pagamento.
Para além das salas de arquivo, há uma sala destinada à leitura e consulta de documentos e áreas técnicas e administrativas.
No século XVI, o arquivo funcionava na Casa da Câmara (na Praça D. Duarte) mas, em 1796, um incêndio destruiu os Paços do Concelho e desorganizou-o, sendo possível que se tenha perdido alguma documentação.
Os atuais edifícios do Museu Nacional Grão Vasco e da Câmara Municipal também acolheram o arquivo, cujo acervo, a partir de 2000, ficou disperso por vários espaços.
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