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Fernando Ruas presidente da CM de Viseu

Fernando Ruas critica instalação de Centro de Estudos Judiciários no litoral do país

Autarquia de Viseu ofereceu um espaço para acolher o organismo. Polo do CEJ vai ficar em Vila do Conde

Por decisão do Ministério da Justiça foi atribuído a Vila do Conde a instalação do polo regional do Norte do Centro de Estudos Judiciários (CEJ), que será instalado no antigo Convento de Nossa Senhora do Carmo. A instalação do novo polo, ao qual os municípios de Viseu, Aveiro e Coimbra se disponibilizaram para o receber, representa, para o Presidente da Câmara Municipal, Fernando Ruas, “mais uma oportunidade perdida para investir no interior do país e mais um investimento que vai para o litoral”.

Na Reunião de Câmara, realizada hoje, o autarca referiu que Viseu disponibilizou um espaço para acolher o CEJ, um organismo que vai permitir a formação de novos juízes e procuradores do Ministério Público. A localização do mesmo numa área metropolitana, nomeadamente em Vila do Conde, indica, segundo Fernando Ruas, que “quando se chega ao período das grandes decisões nada é feito em prol das cidades que se situam fora do litoral e não posso, por isso, deixar de manifestar a minha indignação”.

“É só mais um exemplo de centralismo. Não temos nada contra Vila do Conde, antes pelo contrário. Achamos até normal que faça a sua pressão, mas perdemos, mais uma vez, a oportunidade de inverter esta centralização que há tanto tempo o país promove”, acrescentou.

O Presidente lamentou ainda que o Governo não tenha incluído Viseu no programa “Mais Médicos”, que pretende atrair jovens clínicos para hospitais de territórios menos povoados, em relação ao litoral, permitindo que tenham benefícios em relação ao salário e à habitação.

A arrancar em 2024, este programa vai abranger hospitais localizados em Beja, Bragança, Castelo Branco, Covilhã, Guarda, Portalegre e Santiago do Cacém.

“Possivelmente, estaremos muito bem servidos de meios humanos no hospital de Viseu, que dispensou sermos colocados nesta lista”, criticou Fernando Ruas.

 

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