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PSD Viseu questiona Ministro da Saúde sobre falhas e atrasos na prestação de socorro

O PSD denunciou, na Assembleia da República, as falhas que existem nas questões da emergência e da prestação de socorro. Segundo uma comunicação dirigida ao Ministro da Saúde, os parlamentares argumentam que existe um défice de cobertura de todo o território nacional em termos de falta de técnicos e de viaturas de emergência. “São várias as notícias e as declarações de responsáveis dos sindicatos que têm evidenciado ao país, todas as semanas, estas falhas”, refere Guilherme Almeida, deputado do PSD eleito pelo Círculo Eleitoral de Viseu.

“A verdade é que há uma cobertura deficitária em vários concelhos do país que, em situações normais, têm de esperar mais de uma hora por uma viatura de emergência médica, como são exemplo Cinfães e Resende”, acrescenta o parlamentar. Para o PSD, este não é um tempo de espera normal. “Conhecemos e sabemos quais são as dificuldades que se fazem sentir na prestação de socorro, nos territórios do interior, e o Governo não decide agir e não tem tomado conta destas ocorrências”, acrescenta o deputado social-democrata.

“São inúmeros os alertas de médicos para a situação que se vive no interior, onde a indisponibilidade de viaturas é superior ao resto do país, como em relação a encerramentos de ambulâncias de emergência médica, como o caso que tivemos em Viseu, em agosto passado”, argumenta Guilherme Almeida.

O parlamentar está preocupado com o risco que estas situações representam para a população da região e, por isso, questionou esta semana o Ministro da Saúde, Manuel Pizarro, sobre os reforços de pessoal que as viaturas de emergência do INEM tiveram este ano, designadamente em termos de pessoal médico e de técnicos de emergência pré-hospitalar.

Guilherme Almeida sustenta que se estima que faltem mais de 360 técnicos de emergência pré-hospitalar nos quadros do INEM, calculando-se que a taxa de abandono da profissão ronda os 30%. A este propósito referem também que, nos concursos abertos pelo INEM, não são preenchidas muitas das vagas, porque as carreiras não são atrativas e porque são de elevado risco para um salário pouco superior ao salário mínimo.

Segundo o PSD, outro problema que se tem verificado nos territórios é a falta de viaturas de emergência tanto no INEM, como nos Bombeiros, algumas com mais de uma década de serviço e mais de 500.000 Km. “Esta situação põe em causa a efetividade do socorro de emergência e só nos deve preocupar”, menciona Guilherme Almeida. “Estes dados demonstram que os atrasos no socorro de emergência acontecem muitas vezes não só por causa de picos de serviço, mas de situações e problemas em equipamentos, que ocorrem diariamente e que têm consequências na vida das pessoas”.

 

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