A empreitada de reconstrução do açude das Termas de São Pedro do Sul, um investimento de 1,3 milhões de euros, deverá estar concluída até ao final do mês, à agência Lusa o vereador Nuno Almeida.
Segundo o vereador, que tem o pelouro do Ambiente, neste local do rio Vouga havia “uma estrutura completamente obsoleta”, que consistia num “açude antigo, com umas comportas em madeira”.
“Todos os anos, e várias vezes ao ano, os funcionários da câmara estavam a colocar umas tábuas de madeira e a retirá-las”, contou Nuno Almeida, acrescentando que o novo açude “vai permitir que aquele espelho de água que está a ser criado seja cheio e se mantenha ao longo dos dias”.
“A vantagem é que no inverno, quando houver um caudal superior, as comportas baixam, o que permite uma limpeza do leito. E em alturas mais secas, elas estão levantadas”, explicou.
O vereador referiu que “quem chega a São Pedro do Sul nem acredita que se vive uma situação de seca, mas isso é bocadinho enganador”, porque, cinco quilómetros a montante, percebe-se que “o rio Vouga, infelizmente, é um ribeiro”.
“Ali temos um volume superior a 100 mil metros cúbicos de água, que em condições normais vai-nos garantir minimizar este impacto da seca nas Termas de São Pedro do Sul”, frisou.
Nuno Almeida explicou que o açude é apenas uma das quatro componentes do projeto do espelho de água, que, no total, ultrapassa 1,6 milhões de euros de investimento.
Já foram executadas as componentes da limpeza do leito do rio Vouga e da monitorização do rio Vouga e do rio Sul.
A última componente permite avisar a Proteção Civil do risco de cheia, através de cinco estações meteorológicas, três estações hidrométricas e uma estação de qualidade de água.
“Vão-nos avisar, em dias como hoje (chuvosos), por exemplo, quais são os níveis e os caudais que o rio tem para antecipar alguma eventual cheia que possa existir na zona urbana”, explicou.
A quarta componente é a reposição das galerias ripícolas, que está em execução.
“Até ao início do outono vamos conseguir concluí-la, porque a parte das galerias ripícolas também tem a ver com as condições do tempo. Estas chuvas não resolvem a seca, mas vão ajudar a criar condições para concluirmos essa componente”, sublinhou.
O compromisso com o Fundo Ambiental é que, até ao final de novembro, o projeto, que foi comparticipado em 75%, esteja concluído.
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