O presidente da Câmara Municipal de Viseu, Fernando Ruas, pediu ao ministro do Ambiente a construção do açude do Catavejo, um anseio antigo do autarca para estabilizar o caudal do rio Pavia.
“O açude do Catavejo mereceu da parte do ministro uma manifestação de muito interesse. Na nossa presença fez um telefonema para a APA [Agência Portuguesa do Ambiente], porque o açude do Catavejo está praticamente aprovado”, adiantou Fernando Ruas.
Segundo o autarca, esta obra tem “três objetivos: cortar a água, evitando cheias”, permitir “um caudal ecológico e um outro, porventura o mais importante, o de possibilitar água para o combate aos fogos florestais”.
Em 2007, sob a tutela do mesmo autarca, Fernando Ruas, que saiu da Câmara em 2013, após 24 anos no poder, e regressou em 2021, tinha a praia fluvial do Catavejo como uma promessa eleitoral, assim que fosse construído o açude que integrava o projeto Polis.
O açude em causa é para ser construído na Ribeira da Frágua, o principal afluente do rio Pavia, que atravessa a cidade, a montante da urbe viseense, junto à nascente do rio Pavia, e tem “como principal objetivo estabilizar o caudal durante o verão”.
“Toda a gente sabe que a água do rio Pavia não dá para uma praia fluvial. Quando chegasse ao verão não haveria praia. A praia está dependente de quê? De um açude situado no Catavejo”, explicou na altura o autarca.
Fernando Ruas disse ainda à agência Lusa, em 2007, que o açude estava orçado em “cerca de quatro milhões de euros” e iria “regularizar as cheias no inverno e possibilitava que a água fosse libertada de acordo com as necessidades no verão”.
Na reunião que o autarca teve esta semana com o ministro do Ambiente, Duarte Cordeiro, Fernando Ruas prometeu enviar o dossier deste anseio antigo e questionou o governante sobre a nova barragem de Fagilde, no rio Dão.
“Pensávamos que está garantida, mas está condicionada. Não havia nenhuma garantia, está dependente do tal estudo que está na fase final. O estudo deverá ficar concluído durante este mês de setembro”, indicou, e, com isso, espera uma definição sobre a barragem.
No seu entender, é expectável que, “até outubro, o ministro do Ambiente cumpra com a palavra” que deixou na reunião de terça-feira com os autarcas, “tal como cumpriu” ao deslocar-se a Viseu para o encontro, “antes do fim da Feira de São Mateus”.
“O que o ministro disse é que cumpria as conclusões do estudo. Achamos que o estudo vai apontar para a construção ou alargamento, não sei, mas pensamos que é para aumentar a capacidade da barragem e ele [o ministro] disse que cumpria aquilo que o estudo determinasse”, assumiu.
A construção de uma nova barragem em Fagilde, no rio Dão, entre Viseu e Mangualde, tem sido alvo de reivindicação por parte dos autarcas dos municípios abastecidos pela atual barragem (Viseu, Mangualde, Penalva do Castelo, Sátão e Nelas) que, em 2017, teve de ser abastecida por camiões-cisterna.
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