As piscinas municipais de Viseu estão encerradas por tempo indeterminado e o fim do desconto no tarifário da água e saneamento foi antecipado devido à situação de seca, anunciou o município.
Atendendo às mais recentes recomendações do Governo, com o objetivo de “reforçar o combate à escassez de água que se reflete de forma particular no concelho de Viseu”, foram decididas novas medidas.
“Também a partir deste mês de setembro, será antecipado o término do desconto de 20% nos consumos domésticos alusivos à água e saneamento, que até agora estavam a ser aplicados aos clientes da Águas de Viseu inseridos nos três primeiros escalões, como medida de apoio no âmbito da pandemia covid-19”.
Aludindo à recomendação do Governo para o aumento de tarifas, o presidente da Câmara de Viseu, Fernando Ruas, explicou que, “atualmente, o tarifário dos SMAS [Serviços Municipalizados e Água e Saneamento] aprovado pela entidade reguladora [ERSAR] já penaliza os consumos mais elevados”
O autarca afirmou que “este grupo de consumidores domésticos representa um número muito baixo, de cerca de 6%, do universo total de clientes”, e que, depois de uma análise a “todo o contexto”, foi decidido antecipar, “de dezembro para setembro, o desconto de 20% em vigor”.
Segundo a autarquia, as fontes ornamentais existentes em vários pontos da cidade já foram desligadas, o que permitirá “incrementar a poupança da água da rede pública, ainda que o funcionamento destas recorra a um sistema de abastecimento intermitente e não contínuo”.
“Numa situação excecional como esta, município e Águas de Viseu avançam ainda com a interrupção temporária da lavagem de ruas, lançando também o apelo a toda a comunidade para que optem por fazer o mesmo, nomeadamente nos espaços exteriores das suas habitações”.
Estas medidas juntam-se a outras já aplicadas ou que se encontram em curso, como a colocação das ensecadeiras nos descarregadores de superfície da Barragem de Fagilde (para aumento da capacidade de armazenamento), a redução das pressões e caudais nas redes de distribuição, a “redução significativa” da rega de espaços verdes públicos com água da rede pública e a reutilização da água tratada para rega de rotundas e separadores de estrada.
Fernando Ruas realçou que é necessário avançar rapidamente com o trabalho nos reservatórios de água, para que durante 8 a 9 meses a água não corra para o mar.
O município reiterou o apelo à colaboração dos munícipes “na implementação de pequenos gestos diários que contribuam para a poupança de água, a par da radicação de todos os gastos que se consideram supérfluos”.
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