A Santa Casa da Misericórdia de Oliveira de Frades vai duplicar a capacidade do lar em Ribeiradio, com obras no valor de cerca de 300 mil euros, disse à Lusa o provedor, Arménio Maia Nabais.
“O lar foi inaugurado em setembro de 2013 com capacidade para 15 utentes e, devido à grande procura, rapidamente se verificou que era necessária uma ampliação e, após aprovação da Segurança Social, foi possível avançar com o projeto da obra”, contou Arménio Maia Nabais.
Apesar de o lar estar em funcionamento desde 2013, o polo de Ribeiradio da Misericórdia de Nossa Senhora dos Milagres presta serviço domiciliário desde 2002, recordou o provedor.
Esta obra de ampliação na freguesia de Ribeiradio “vai rondar os 300 mil euros e será [realizada] à custa da Misericórdia de Oliveira de Frades, uma vez que o lar inaugurado em 2013 teve o apoio da Segurança Social”.
“As regras dizem que agora, durante ‘x’ anos, não podemos voltar a ter o apoio da Segurança Social, mas vamos trabalhar e negociar de forma que não tenhamos de recorrer à banca para concretizar a ampliação”, explicou.
O concurso público foi lançado este ano e “já está identificado o vencedor com quem a Misericórdia vai agora assinar” o respetivo contrato, adiantou o provedor, sem esconder o desejo de “ver a obra concluída, no máximo, em três/quatro meses”, após o seu início.
“Depois de concluídas [as obras], vamos pedir autorização à Segurança Social para podermos duplicar os utentes, de 15 para 30”, explicou Arménio Maia Nabais.
Assim, continuou, “o ideal, seria todo o processo estar pronto até ao final deste ano”, para acolher mais utentes”, tanto do concelho como de fora, a quem a Misericórdia de Oliveira de Frades já presta apoio e que “têm, naturalmente, prioridade” no acesso.
“É uma necessidade que existe no Interior, com a população envelhecida. Cada vez há mais procura e, apesar de termos o apoio domiciliário, as pessoas quando perdem autonomia acabam por vir para o lar”, disse.
Atualmente, a Misericórdia de Oliveira de Frades presta apoio a “mais de 300 cidadãos”, divididos entre berçário, creche e jardim de infância, “num total de cerca de 150 crianças e mais de 150 pessoas mais velhas” distribuídas entre lar e apoio domiciliário.
“Face à procura existente, estamos a pensar, mesmo em Oliveira [de Frades] fazer obras para aumentar as camas”, reconheceu Arménio Maia Nabais, sublinhando que se trata de “um problema que se vê em todo o país, mas principalmente no Interior”.
No seu entender, “infelizmente, estas unidades não estão a ter capacidade de resposta para a população envelhecida”, já que “a procura é maior do que a oferta”.
Comente este artigo