A Câmara de Viseu assinou ontem a consignação da requalificação da Escola Básica de Paradinha, investimento de quase 600 mil euros, para concretização de um “projeto inovador e inclusivo” que unirá a pré-escola ao primeiro ciclo, explicou a presidente do município.
“A componente mais importante é a eficiência energética, ou seja, vão ser instalados painéis fotovoltaicos que produzirão energia para autoconsumo da escola, para ser auto-eficiente em termos de produção e consumos energéticos”, disse Conceição Azevedo.
O edifício da Escola Básica de Paradinha, na freguesia de Repeses e São Salvador, terá também “janelas com caixilharia e rutura térmica, iluminação LED no interior e exterior do edifício e vai ter ligação ao outro edifício”, ou seja, “o pré-escolar e o primeiro ciclo ficam com um túnel de ligação”.
“É um projeto inovador com esta componente da eficiência energética e pelo lado da inclusão que a escola tem e terá, com salas para valências diferentes, como a terapia, ensino da culinária, por exemplo, salas com acessos para mobilidade reduzida, assim como as instalações sanitárias, que também vão ser requalificadas”, anunciou.
Conceição Azevedo assinou hoje a consignação desta obra que tem 140 dias para execução e um investimento de quase 600 mil euros.
A presidente assumiu aos alunos ali presentes que, “se o empreiteiro não falhar, em setembro, no início do ano letivo, as obras estão prontas”.
Apresentou também, “porque as crianças já tinham perguntado quem é que agora liderava a Câmara”, todo o executivo que quer “honrar a memória e seguir com o legado do presidente Almeida Henriques”, que morreu recentemente.
Neste sentido, Conceição Azevedo apresentou o projeto arquitetónico e explicou que haverá também uma ligação dos dois edifícios, que “vai permitir a uso comum de salas, da biblioteca e do parque exterior, que terá um coberto” após a requalificação da escola que tem, atualmente, cerca de 50 crianças, 30 no primeiro ciclo e 20 no pré-escolar.
“É um projeto inclusivo, moderno, virado para os apoios aos alunos. Tem sido assim nos últimos anos e agora é preciso também o ser na infraestrutura. Apesar de ter vindo a sofrer algumas intervenções, esta é uma requalificação profunda, que a fará toda ela inclusiva”, defendeu depois aos jornalistas.
Estas duas escolas acolhem “muitas crianças de etnia cigana e também crianças com limitações e outros problemas associados”.
“Quando se pensou no projeto, era até muito na integração da etnia cigana, mas, neste momento, é muito mais do que isso, é mais global, sem diferenciação de total inclusão e não temos mais crianças porque não há lugar para elas”, acrescentou a vereadora da Educação.
Cristina Brasete lembrou que “o projeto nasceu muito por força da Associação de Pais com a aprovação do Ministério da Educação e com toda a abertura da Câmara”.
“Fomos fazendo algumas remodelações, mas faltava esta grande requalificação para a tornar totalmente inclusiva. Antes, havia menos crianças, mas por ter um projeto pedagógico diferente, mais ciência experimental, é mesmo um movimento da escola moderna e isso tem trazido outras crianças”, assumiu.
A vereadora Cristina Brasete não escondeu também dos jornalistas o desejo de “ver isto replicado noutras escolas do concelho” e até apontou “a de Silgueiros como a próxima”, apesar de admitir que não basta querer, porque envolve muitas coisas, como o aumento de professores, mas disse acreditar que “isto é um exemplo, até a nível nacional”.
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