O Município de Viseu aprovou a adesão ao Acordo Cidade Verde (Green City Accord), um movimento voluntário de autarcas europeus empenhados na proteção do ambiente.
A autarquia viseense compromete-se, assim, a intensificar esforços em cinco áreas chave, até 2030 – Ar; Água; Natureza e biodiversidade; Economia circular e resíduos; e Ruído.
Os municípios aderentes partilham uma visão – necessariamente ambiciosa – de que “em 2030, as cidades serão locais atraentes para viver, trabalhar e investir, e apoiarão a saúde e o bem-estar dos europeus, referiu o autarca de Viseu Almeida Henriques.
Todos os
europeus respirarão ar puro, desfrutarão de água limpa, terão acesso a parques
e espaços verdes e sentirão menos ruído ambiente. A economia circular será uma
realidade e o desperdício será minimizado graças a uma maior reutilização,
recuperação e reciclagem”.
“Esta é uma visão, definida pela própria Comissão Europeia, com a qual
Viseu não poderia estar mais alinhado.
Ainda há dias, um estudo internacional apontou a nossa cidade como aquela que apresenta a melhor qualidade do ar em todo o país”, sublinha António Almeida Henriques, Presidente da Câmara Municipal de Viseu.
Na semana passada, foi publicado um estudo na revista científica Lancet Planetary Health que analisou 858 cidades europeias, incluindo 14 portuguesas. Viseu está entre as menos poluídas da Europa.
Entre as cidades portuguesas, Viseu é, de longe, a mais bem classificada, tanto nos níveis de NO2 (821ª posição em 858 cidades) como das partículas finas (801ª posição). Saliente-se que, neste caso, o 858º lugar corresponde à cidade com melhor qualidade do ar, posição ocupada por Tromso, no norte da Noruega.
Tendo em conta o panorama nacional, o estudo coloca as áreas metropolitanas de Lisboa e do Porto entre as cidades europeias com maior mortalidade associada às concentrações de dióxido de azoto (NO2).
A capital
ocupa a 116ª posição e a Invicta, a 125ª, entre 858 cidades – o que as deixa no
top das 15% onde a poluição mata mais gente, face ao número de habitantes e à
esperança média de vida no País. “O estudo reforça claramente o
posicionamento de Viseu como Cidade-Jardim”, diz o autarca.
A adesão ao Acordo Cidade Verde não implica qualquer pagamento, mas impõe ao
Município metas rigorosas, que vão além dos requisitos mínimos estabelecidos
pela legislação europeia.
Do ponto de vista dos benefícios, a participação de Viseu no movimento assegura maior visibilidade às suas ações e apoio técnico na implementação das mesmas.
Pertencer a esta verdadeira rede de cidades sustentáveis, permitirá ainda a troca de experiências, de conhecimentos e de boas práticas entre municípios europeus, bem como o acesso a informação sobre financiamentos disponíveis. “Este é mais um passo para termos uma Cidade-Jardim com dimensão e reconhecimento europeu e, consequentemente, mundial”, afirma António Almeida Henriques.
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