Há um grande desafio para o partido no seu todo, para procurarmos ter resultado positivo, ou seja, ganhar o maior número de câmaras, voltar a ser o maior partido em número de câmaras, mas também em eleitos para as assembleias de freguesia e para as assembleias municipais”, assumiu Pedro Alves.
O deputado, que hoje vai a votos na liderança da comissão política distrital do PSD de Viseu, sendo a única lista, contou que se recandidatou por considerar que é “uma das pessoas com melhores condições por conhecer também melhor a realidade do partido e os desafios eleitorais que estão pela frente”, em 2021.
Nas últimas eleições autárquicas, em 2017, o PS conseguiu o poder em 11 dos 24 municípios, o PSD outras 11 Câmaras e duas ficaram nas mãos de grupos de cidadãos independentes, o caso de São João de Pesqueira e de Oliveira de Frades, concelho onde o PSD perdeu “pela primeira vez, desde 1975,” e é assumido que quer “voltar a ganhar”.
Sem avançar com qualquer nome candidato, assumiu que Almeida Henriques “tem todas as condições para se recandidatar a Viseu” e enfrentar o já conhecido adversário do PS, João Azevedo, que deixou a câmara do concelho vizinho de Mangualde para ser o cabeça de lista socialista nas últimas eleições legislativas pelo distrito de Viseu.
“Há um convite por parte do presidente do partido para quem entender recandidatar-se, poder fazê-lo. Neste momento, quem puder ser candidato, será naturalmente candidato nas próximas eleições”, adiantou afirmando que, até ao momento, “ainda não houve ninguém que manifestasse vontade de não se recandidatar”.
O único autarca social democrata que tem de sair por limitação de mandato é Carlos Esteves, na Câmara de Penedono, onde Pedro Alves assumiu que o partido “quer continuar a manter o poder”.
Municípios com presidentes socialistas como Vila Nova de Paiva, Moimenta da Beira, Carregal do Sal e Mangualde, “estão em mudança de liderança, ou por falta de vontade do autarca ou por limitação de mandato” e, neste sentido, defendeu que “o PSD tem aqui oportunidade para conquistar” as autarquias com “trabalho e envolvimento na escolha dos melhores projetos”.
Estes municípios já estiveram sob a liderança social democrática e, neste sentido, Pedro Alves lembrou que “são concelhos onde o PSD, por hábito, tem bons resultados noutras eleições, nomeadamente nas legislativas, e por essa mesma razão é preciso trabalhar com grande foco para encontrar as melhores soluções”.
Resende e Lamego, acrescentou Pedro Alves, “nas últimas eleições autárquicas o PS já não obteve a maioria da confiança dos eleitores” e, por isso, “são também oportunidades que aparecem” ao PSD para “lutar por a vitória”.
Além do desafio das eleições, este mandato de dois anos tem outros desafios, como o de “encerrar o quadro comunitário ainda em vigor” e o de preparar o próximo quadro 20/30 enquanto, em simultâneo, se planeia e executa o programa da recuperação económica e social”.
“O PSD tem de saber liderar agendas, construir um movimento que una a região para que, desta vez, aquilo que não foi feito e tem vindo a ser adiado, seja mais do que uma prioridade, seja uma realidade concreta” para a região, disse.
Em cima da mesa, acrescentou, estão “as obras relativas à duplicação do IP3 com o financiamento comunitário que vai estar disponível (…), as soluções para a ferrovia para Viseu, na linha da Beira Alta e na linha do Douro e a construção do centro oncológico” no Hospital Central Tondela Viseu (CHTV).
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