A Câmara de Mangualde vai dar apoios às famílias, às instituições e às empresas, no valor de cerca de 300 mil euros, para enfrentar a crise provocada pelo novo coronavírus e “manter vivo” o ecossistema social e empresarial.
Segundo o presidente da autarquia, Elísio Oliveira, trata-se de “um conjunto de incentivos com o objetivo de minimizar os efeitos socioeconómicos do confinamento e dar um estímulo à recuperação e ao desenvolvimento destas atividades”, encorajando os diversos agentes a retomarem-nas.
Entre as medidas de apoio às famílias estão a “isenção das tarifas variáveis da água, saneamento e resíduos sólidos urbanos em maio e junho (limite máximo de gastos igual ao mês homólogo do ano anterior, mais 30%)” e a “disponibilização de géneros alimentares às famílias que tenham alunos do escalão A”.
As microempresas do comércio e dos serviços que estiveram encerradas por determinação do Estado de Emergência ficarão isentas das tarifas fixas da água, saneamento e resíduos sólidos urbanos, nos meses de maio e junho, e também do pagamento de rendas dos estabelecimentos concessionados pelo município, nos mesmos meses.
A redução da derrama, em pelo menos 50%, para empresas com volume de negócios inferior a 120 mil euros (relativa ao ano económico 2020), e a isenção do pagamento das taxas dos terrados das feiras e das taxas das bancas e das lojas do mercado durante um trimestre são outras medidas previstas.
Em parceria com a Associação Empresarial de Mangualde, o município está a promover uma dinâmica que passa por dar dois mil euros de estímulo por mês, durante meio ano, em que esse montante “se desmultiplica em 20 ‘vouchers’ de 100 euros, para aplicar em compras no comércio local”.
O plano municipal prevê também medidas de apoio às Instituições Particulares de Solidariedade Social, ao movimento associativo, cultural e desportivo e às juntas de freguesia.
Atendendo ao período de incerteza que se vive, este plano “será aberto e dinâmico, podendo haver medidas adicionais, sendo ajustado à medida que se vão conhecendo melhor as consequências económicas e sociais resultantes da pandemia”, disse Elísio Oliveira.
O autarca garantiu que “este conjunto de medidas não impede o seguimento das linhas estruturais que o município perspetiva a médio e longo prazo, nomeadamente ao nível da atração do investimento, do desenvolvimento urbano, do ambiente, do ensino e da cultura”.
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