Os trabalhadores da fábrica Cerutil do grupo Visabeira, a laborar na antiga zona industrial de Sátão, especializada na produção de loiça, dizem que entraram de férias de um dia para o outro, devido à pandemia da Covid-19.
A fábrica fechou portas ontem, 23 de março, o encerramento prolonga-se até 14 de abril.
Luís Almeida, do Sindicato dos Trabalhadores de Cerâmica e Construção do Centro, em declarações à Alive Fm, diz que a empresa está a cometer uma ilegalidade.
Segundo o dirigente sindical, a maioria dos trabalhadores não assinaram nenhum documento a consentirem férias nesta altura, o sindicato diz que vai tomar medidas.
Segundo o sindicalista a fábrica Cerutil sediada em Sátão, não tem para já falta de encomendas e se fossem tomadas todas as medidas de prevenção a unidade podia continuar a laborar.
Fernando Monteiro, delegado sindical da Cerutil, diz que 90% dos trabalhadores não assinaram o documento que propunha as férias numa altura em que o país está em alerta de calamidade devido à pandemia do novo coronavírus.
O anúncio de marcação de férias, segundo Fernando Monteiro, foi afixado sem que tivesse sido dado conhecimento aos trabalhadores e em particular ao delegado sindical.
A maioria dos trabalhadores defendia o “Lay Off” da empresa.
Os trabalhadores dizem compreender a situação da empresa, Fernando Monteiro, refere no entanto, que a empresa tem de cumprir a lei.
Um dos trabalhadores da fábrica Cerutil, diz discordar da forma como a empresa fez o anúncio das férias.
A Alive Fm, tentou contactar a administração da Cerutil esta terça-feita, 24 de março, mas sem sucesso.
A fábrica Cerutil em Sátão, emprega cerca de 180 trabalhadores, produz mais de 30.000 peças de loiça por dia, e exporta para França, Inglaterra, Alemanha, Itália e Estados Unidos.
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