Pedro Dias foi absolvido esta manhã de terça-feira, 3 de março, no Tribunal de Sátão, pelo Ministério Público, num caso em que era acusado de ter adquirido ‘microchips’ que tinham sido roubados de um canil intermunicipal localizado no concelho de Sátão.
Depois de ouvido o arguido e todas as testemunhas, a procuradora da República pediu a absolvição, por considerar que não foi produzida prova que permitisse concluir que Pedro Dias cometeu o crime.
De acordo com a acusação, em abril de 2014, houve um assalto ao canil intermunicipal, de onde foram levadas jaulas, rações, medicamentos e material veterinário, entre o qual ‘microchips’.
A acusação fez a ligação entre esses ‘microchips’ roubados e uns que Pedro Dias tinha numa quinta de Mangualde e que, depois da sua prisão preventiva devido aos homicídios de Aguiar da Beira, foram parar às mãos de um veterinário de Recarei e implantados num cão e em vários cavalos.
Pedro Dias disse em tribunal que, efetivamente, tinha uns “40 a 50 ‘microchips'” na quinta de Mangualde, mas que foram adquiridos numa loja de Espanha, juntamente com uma máquina de leitura.
Segundo o arguido, a última vez que esteve na quinta de Mangualde foi no dia 10 de outubro de 2016 (os homicídios de Aguiar da Beira ocorreram no dia seguinte), tendo depois esta ficado ao abandono.
Ao fazer uma súmula da sentença, a juíza referiu que foi dado como provado o crime de furto no canil, mas não se apurou quem foram os seus autores. Ficou também provado que os ‘microchips’ furtados foram implantados nos animais.
Pedro Dias foi dispensado de estar presente e conheceu a decisão do Tribunal de Sátão por videoconferência, a partir do Estabelecimento Prisional de Coimbra.
Além do processo que decorreu no Tribunal da Guarda, Pedro Dias foi também julgado por outros crimes em S. Pedro do Sul, Tondela, Arouca e Évora.
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