A requalificação de um dos bairros mais antigos da cidade, o Bairro de Santa Rita, vai custar 800 mil euros e será realizada num período ao longo de um ano. Ali vivem mais de 800 pessoas.
A Câmara de Viseu aprovou em reunião de executivo a adjudicação das obras de requalificação do Bairro de Santa Rita, “um dos bairros mais antigos” da cidade, num investimento superior a 800 mil euros suportado pela autarquia.
“O executivo aprovou a adjudicação da obra para começar de imediato, num contrato de empreitada que terá um prazo de 364 dias e um custo na ordem dos 813 mil euros e é totalmente suportado pelo orçamento do município”, anunciou António Almeida Henriques (PSD).
O autarca falava aos jornalistas após a reunião do executivo, na qual foi aprovada a adjudicação da obra que “vai iniciar de imediato” no Bairro de Santa Rita, na freguesia de Abraveses, que tem mais de 800 moradores.
“A intervenção inclui trabalhos de abate de árvores, plantação de novas espécies, ajardinamentos, colocação de ‘moloks’ [contentores enterrados para resíduos sólidos urbanos], correção de passeios, pavimentações, sinalização vertical e horizontal, drenagem de águas pluviais e residuais, abastecimento de águas, instalações elétricas e de telecomunicações e iluminação pública”, especificou o autarca.
A reabilitação do Bairro de Santa Rita decorre no âmbito do programa municipal “Eu gosto do meu bairro”, no qual já foram intervencionados cinco bairros: Urbanização Viso Sul, e bairros das Mesuras, da Quinta de São José, da Balsa e Municipal, totalizando um investimento na ordem dos nove milhões de euros.
“Este programa permite ir qualificando muitos destes bairros mais antigos que, obviamente, depois de tantos anos, precisavam de ver as suas redes de água e saneamento, eletricidade, gás natural, comunicações [requalificadas], no fundo, adaptá-las aos tempos modernos”, salientou.
No entender de Almeida Henriques, o dia de hoje foi também “muito importante”, uma vez que foi aprovado o projeto de regulamento da urbanização e edificação, com elogios e abstenção da oposição socialista.
Pedro Baila Antunes (PS) destacou “todo o trabalho que o executivo social-democrata tem vindo a fazer nesta matéria e todo o esforço organizativo que está agora a culminar com a alteração do plano urbanístico” e acrescentou que, “só por isso, e pela utilidade deste regulamento quase merecia um voto de louvor”.
“Mas atendendo à extensão e ao significado, ainda que esteja mais simplificado e transparente e responsabiliza todos, inclusive a câmara, e é moderno, mas enquanto não tivermos uma análise mais técnica, por agora, vamos abster-nos, sem prejuízo de, mais tarde, votarmos favoravelmente”, justificou o vereador.
António Almeida Henriques explicou que este documento, que vai agora a consulta pública, para voltar ao executivo camarário e, mais tarde, ir a votação na Assembleia Municipal, “deverá ser possível colocar em prática no fim do primeiro, início do segundo trimestre de 2020”.
“Trata-se de um documento que (…) introduz medidas de simplificação administrativa, com projeção positiva na celeridade dos procedimentos, e valorização de uma cultura de responsabilidade e transferência partilhada entre a administração municipal e os restantes interlocutores”, assinalou o autarca.
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