O CDS-PP questionou hoje a ministra da Saúde sobre a existência de ambulâncias retidas no Serviço de Urgência do Hospital de São Teotónio, em Viseu, por falta de macas para transferir os doentes.
Na pergunta, a deputada Ana Rita Bessa quer saber “se o problema é falta de macas, quando serão adquiridas novas macas para o Hospital de São Teotónio e, ainda, que medidas estão a ser tomadas para que esta situação não volte a verificar-se”.
O CDS alude a notícias dos últimos dias, segundo as quais “as ambulâncias do INEM (Instituto Nacional de Emergência Médica) estão a esperar várias horas nas urgências” daquele hospital, por falta de macas para transferir os doentes.
“O problema obrigou a que rede de emergência fosse alargada na tarde de segunda-feira, tendo havido casos em que as vítimas esperaram mais de 30 minutos pelo socorro do INEM, já que a retenção das ambulâncias durante várias horas inviabiliza a disponibilidade destes meios para a prestação de emergência médica”, lamenta.
O grupo parlamentar do CDS lembra que, já por várias vezes, questionou o Governo sobre os problemas que afetam o Serviço de Urgência do Hospital de São Teotónio, “nomeadamente o facto de receber mais de o dobro dos doentes para os quais tem capacidade, com tempos de espera superiores ao desejado para um serviço de qualidade”.
“A causa não é apenas a falta de recursos humanos, nomeadamente médicos e assistentes operacionais, mas será, principalmente, o espaço subdimensionado da urgência, cuja estrutura física não suportará o movimento de utentes que ali recorre”, sublinha.
O CDS-PP lembra que o projeto de ampliação “foi aprovado há quatro anos, mas, apesar da manifesta necessidade, ainda não avançou”.
Na terça-feira, o presidente da Câmara de Viseu, Almeida Henriques, pediu uma reunião com caráter de urgência à ministra da Saúde, atendendo “à degradação dos serviços do Hospital de São Teotónio”, concretamente as Urgências.
“Este importante hospital central, que serve meio milhão de pessoas, deve ser olhado por parte de vossa excelência com um maior cuidado, o que não tem acontecido”, escreveu o autarca social-democrata, na carta enviada a Marta Temido.
Face aos adiamentos na concretização de projetos como a ampliação das Urgências e a construção do Centro Oncológico, este é o terceiro pedido de audiência que Almeida Henriques faz este ano à ministra, com quem já reuniu em abril e junho.
O autarca considera “inadmissível que, após ter sido anulado o concurso das Urgências, por exclusiva culpa do Governo, ainda esteja por reabrir novo procedimento”.
“Este serviço está um caos ao ponto de nem macas existirem para receber os doentes que são transportados pelo INEM”, lamenta.
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