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Dois aviões de combate a incêndios deslocados de Vila Real para Viseu

Decisão de reposicionar dois aviões anfíbios surge na sequência do encerramento do aeródromo de Vila Real esta terça-feira “por motivos de segurança”.

Os dois aviões médios anfíbios de combate a incêndios foram reposicionados esta terça-feira. 16 de junho, em Viseu, informou a Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC), depois de o aeródromo de Vila Real ter sido encerrado por razões de segurança.

A Câmara de Vila Real anunciou o encerramento do aeródromo municipal “por tempo indeterminado” à operação de aviões, depois de ter sido detetado “um perigo de abatimento na pista”.

Em resposta a um pedido de esclarecimentos da agência Lusa, a ANEPC explicou que tem três meios aéreos a operar a partir do aeródromo de Vila Real: um helicóptero ligeiro e dois aviões médios anfíbios.

Em consequência deste encerramento, a Autoridade referiu que os aviões “serão reposicionados hoje no aeródromo de Viseu”.

“No imediato, serão reposicionados no aeródromo de Viseu. No entanto, estão a ser estudadas outras alternativas de operação a curto/médio prazo”, salientou a fonte.

De acordo com a Autoridade, o encerramento “não impede a operação do helicóptero ligeiro” a partir de Vila Real.

A ANEPC disse que “o reposicionamento dos meios aéreos atende a critérios como a situação operacional em curso ou previsível, bem como a variáveis meteorológicas, histórico e mapa de perigosidade, e tem como referência os centros de meios aéreos passíveis de serem utilizados por cada tipologia de aeronave, designadamente a capacidade de combustível necessária, comprimentos de pista e infraestruturas de apoio à operação”.

“Os dois aviões médios anfíbios não deixarão de estar operacionais, sendo apenas reposicionados do aeródromo de Vila Real para o aeródromo de Viseu”, garantiu a Autoridade Nacional.

O presidente da Câmara de Vila Real, Rui Santos, disse que foram feitos ensaios técnicos e uma avaliação por firmas independentes, que “comprovaram uma fragilidade do solo que sustenta o piso da pista devido à travessia transversal de uma linha de água em profundidade”.

O autarca referiu que esta linha de água, localizada a sete, oito metros de profundidade, “tem erodido o solo nessa área” e “está a comprometer a sua segurança”.

“Razão primeira e suficiente para procedermos ao seu encerramento preventivo”, afirmou.

O resultado do relatório foi conhecido na segunda-feira e, segundo Rui Santos, o município “agiu de imediato”.

O presidente afirmou que a resolução do problema vai obrigar a um “investimento muito avultado”, entre os “350 mil a 400 mil euros”, o que implica a abertura de um concurso público, bem como o aval do Tribunal de Contas.

“Sendo uma despesa avultada e não prevista no orçamento municipal, será necessário que o município procure, junto do Governo e das entidades estatais afetadas, uma solução financeira que permita a viabilização desta reparação no mais curto período de tempo possível”, afirmou Rui Santos.

 

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