O presidente da Câmara Municipal de Viseu ameaçou enviar buldózeres para uma parcela de terreno da segurança social e deitar os muros abaixo, caso o Governo não faça a escritura até 15 de julho.
Almeida Henriques deu um prazo ao Governo, se até ao dia 15 de julho não for feita a escritura arrancam as buldózeres para o terreno para deitarem o muro abaixo e entrarem pelos terrenos da unidade de saúde familiar na parcela que a autarquia quer adquirir e que o Governo, segundo o autarca, não deixa comprar.
No decorrer da sessão ordinária da Assembleia Municipal de Viseu, o autarca explicava que, “à semelhança dos professores na sua reivindicação na contagem do tempo de serviço”, também ele contou “dois anos, três meses e oito dias” desde a adjudicação da obra, a 26 de março de 2017, e o “prazo que já passou sem se poder fazer a escritura da parcela de terreno que pertence à Segurança Social”.
Neste sentido, o autarca acusou os deputados do Partido Socialista de, “se calhar”, estarem a interferir prejudicialmente na relação com o Governo.
A obra em causa é a requalificação do bairro de São José, na zona sul da freguesia de Viseu, no limite com a freguesia de Repeses, e que também vai permitir, lembrou o autarca, “a criação de uma rotunda de acesso ao centro de saúde, à unidade de saúde familiar, e vai permitir melhorar todo aquele acesso ao IPV [Instituto Politécnico de Viseu]”.
Em janeiro de 2017, o município de Viseu pôs em marcha um programa de requalificação de vários bairros residenciais da cidade, designado “Eu gosto do meu bairro” e que elegia oito bairros das freguesias de Viseu, Abraveses e Ranhados.
Bairros “carentes de intervenção prioritária, em que as obras deveriam ser executadas em dois anos, 2017-2018, com um investimento municipal que ascende os dois milhões de euros”.
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