Doze mil agregados familiares de Viseu estão ligados à rede pública, mas não consomem dessa água, o que levanta problemas de saúde e de sustentabilidade do tratamento das águas residuais, alertou o presidente da autarquia, Almeida Henriques.
Todos eles estão identificados, porque são agregados que estão ligados à rede pública. Isto é, o contador está ligado, mas não têm consumo de água”, explicou o autarca aos jornalistas.
Segundo Almeida Henriques, “como as casas estão habitadas, estão seguramente a consumir água de furos, portanto, estão a correr riscos de saúde pública e, ao mesmo tempo, estão a lesar” os Serviços Municipalizados de Água e Saneamento (SMAS) de Viseu.
O autarca apelou a essas pessoas que optem “por consumir água da companhia, porque é uma água verificada ao longo do ano, com centenas de análises”, que garantem que está em boas condições.
No que respeita ao tratamento de águas residuais, o sistema tem atualmente 1,4 milhões de euros de défice.
Almeida Henriques explicou que, para que sejam cumpridos “os regulamentos e as diretivas comunitárias, que apontam para uma lógica de autossustentabilidade”, é preciso que esses 12 mil agregados familiares passem a ter consumo de água e, consequentemente, a pagar o tratamento das águas residuais.
“Como o valor (do tratamento das águas residuais) está induzido ao consumo de água, se as pessoas não têm consumo de água, também não têm consumo de tratamento de águas residuais”, realçou o autarca Almeida Henriques.
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