O dirigente do Sindicato Democrático dos Enfermeiros de Portugal) Rui Paixão em declarações à agência Lusa disse que o Hospital de Viseu tem sete salas de operações a funcionar, mais duas da urgência, com 30 enfermeiros que foram requisitados pelo Governo.
De um total de 80 enfermeiros do bloco central, cerca de 90% está em greve, no total foram requisitados 30 enfermeiros para o turno da manhã, no qual abriram sete salas de operação, mais duas da urgência.
Rui Paixão considerou esta requisição civil “um caminho um bocado forçado para obrigar os enfermeiros a prescindir do direito a uma greve” e disse “achar estranho o empenho que o Governo tem tido a recorrer a este tipo de instrumento quando deveria ter recorrido com o mesmo empenho a um caminho de bom senso e de acordos”.
Este responsável sindical não soube contabilizar o número de cirurgias que foram adiadas em Viseu, por causa da greve, mas sabe de “cirurgias que faziam parte dos serviços mínimos e que por situações não ligadas aos enfermeiros, porque eles estavam na sala e a cumprir o seu horário, foram canceladas”.
O sindicalista acrescentou que, “durante o período da primeira greve, em quase todos os centros hospitalares, houve uma redução das listas de espera das cirurgias, nomeadamente na área da oncologia”, o que, no seu entender, “se prova que se as prioridades estiverem bem focadas em dar uma resposta mais eficaz”.
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