Um empresário natural de Castro Daire da área de turismo foi condenado a cinco anos e três meses de prisão pelos crimes de fraude na obtenção de subsídios e branqueamento de capitais.
O empresário apoderou-se, de forma ilegal, de mais de dois milhões de euros, concluíram os juízes.
Foram ainda condenadas as empresas no qual era administrador e que estiveram envolvidas no esquema.
O coletivo de juízes do Tribunal de Viseu considerou que o comportamento do empresário “sugeriu o recurso a métodos de atuação sofisticadamente cuidados e ardilosos”, que iludiram as análises de controlo efetuadas, e que a fraude só foi detetada por um acaso numa ação inspetiva por parte da Inspeção Geral de Finanças.
No total, o arguido, por si e em representação das empresas das quais é presidente do conselho de administração, obteve indevidamente dois milhões e 292 mil euros, a título de comparticipação, pelo Turismo de Portugal. “Agiu voluntária e conscientemente com o propósito conseguido de retirar o dinheiro obtido de forma ilícita de qualquer relação direta com a sua origem criminosa e dissimular os proveitos económicos resultantes da prática da fraude de obtenção de subsídio, introduzindo-o na economia regular lícita”, lê-se no acórdão a que o PÚBLICO teve acesso.
Em julgamento, na opinião do coletivo, o empresário evidenciou a “falta de colaboração prestada e a ausência de arrependimento”. Durante as sessões, o arguido negou a prática dos factos e alegou ser “uma pessoa de elevada idoneidade moral, sendo conceituado no meio social e profissional em que se insere”.
Comente este artigo