A Polícia Judiciária (PJ) do Porto deteve o presidente do Turismo do Norte, Melchior Moreira, natural de cidade de Lamego e antigo deputado do PSD eleito por Viseu, por suspeitas de corrupção.
Na operação divulgada pela diretoria do norte da PJ, as autoridades revelam que foram detidos dois outros dirigentes do Turismo do Norte e dois empresários que beneficiaram do esquema, naquela que é conhecida como Operação Éter.
Em causa está um esquema de alegada corrupção que teria como principal objetivo favorecer duas empresas, uma de comunicação e outra da área tecnológica, na adjudicação de ajustes diretos.
Tais adjudicações, além de ilícitas por alegadamente não respeitarem as regras da contratação pública, terão levado ao desvio de mais de 7 milhões de euros em apenas dois anos dos cofres do Turismo do Porto e Norte de Portugal. Tudo terá começado em 2016.
O presidente desta entidade pública, Melchior Moreira, é encarado pela investigação da PJ do Porto como o principal arguido, sendo um dos cinco detidos na operação Éter. Melchior, que já tinha sido alvo de buscas e constituído arguido há quatro meses, é suspeito de um conjunto muito alargado de crimes, estando mesmo indiciado pelo crime de corrupção ativa (quem alegadamente solicita e paga a vantagem) como pelo crime de corrupção passiva (quem alegadamente recebe e aceita dar a vantagem). Uma das vantagens alegadamente recebidas pelo líder do Turismo do Porto e Norte Portugal estará relacionada com o pagamento de férias no Algarve, segundo o Correio da Manhã.
Melchior Moreira é igualmente suspeito de peculato, recebimento indevido de vantagem, prevaricação, participação económica em negócio, abuso de poder e falsificação de documento.
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