Os vereadores do grupo de cidadãos Pela Nossa Terra (PNT), na Câmara Municipal de Sátão, também já reagiram em comunicado, e contestam a alteração da área de competência territorial do Tribunal de Sátão.
Os vereadores Acácio Pinto, António José Caiado e Paula Cristina Cardoso, referem que “discordam, da alteração prevista, dos processos judiciais de Penalva do Castelo, que neste momento são tramitados em Sátão, virem, no futuro, a ser tramitados em Mangualde”.
Esta posição vem na sequência de Maria José Guerra, juiz-presidente da Comarca de Viseu referir que “está previsto o regresso dos processos judiciais de Penalva do Castelo para a comarca de Mangualde”, justificando tal alteração “com o facto de historicamente as pessoas se identificarem mais com Mangualde do que com o Sátão”.
A discordância dos vereadores tem a ver com o facto de as questões históricas, referem os vereadores da oposição PNT no Sátão, que a justiça não pode andar ao “sabor dos ventos e das circunstâncias de cada momento”, recordando que a atual organização e funcionamento dos tribunais judiciais remonta há quatro anos atrás”.
E para os autarcas da oposição na câmara de Sátão, este tempo, “quatro anos sobre a implementação de tal alteração” não ser o suficiente para se “efetuar uma avaliação, estruturada e objetiva, sobre as virtualidades ou não de tal normativo que estabelece o regime aplicável à organização e funcionamento dos tribunais judiciais”.
Os vereadores recordam que a atual organização foi implementada em decreto lei de 27 de Março, que entrou em vigor a 1 de setembro de 2014, que decretou que a área de competência territorial do Juízo de competência genérica de Sátão compreendia os municípios de Penalva do Castelo, Sátão e Vila Nova de Paiva.
Perante os factos, os vereadores do PNT de Sátão“ pedem as instâncias com competência legislativa nesta matéria a não darem seguimento a esta alteração a bem da segurança jurídica e da confiança no sistema jurisdicional”.
Com o regresso dos processos de Penalva do Castelo para a comarca de Mangualde, os processos de Sátão e Vila Nova de Paiva, continuam a manter o tribunal de Sátão com as atuais competências.
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