A Ordem dos Enfermeiros denuncia casos de hospitais e centros de saúde que esperam meses para substituir um profissional que entra de baixa, quando a autorização do Ministério das Finanças devia demorar apenas 72 horas.
“É necessária uma autorização do Ministro das Finanças para substituir um enfermeiro ausente por doença ou licença parental e há hospitais que estão à espera por mais de três meses para substituir um profissional”, afirmou a bastonária Ana Rita Cavaco, em declarações à agência Lusa.
A responsável lembra que o próprio diploma que instituiu a obrigatoriedade da autorização do Ministério das Finanças define que esse aval tem de ser dado num prazo de 72 horas.
Segundo Ana Rita Cavaco, a carência de enfermeiros “tem vindo a agravar-se” e a contratação imediata de profissionais para substituição de colegas ausentes tem sido dificultada.
São vários os exemplos de unidades de saúde com dificuldades, refere a bastonária, que visitou o Centro Hospitalar Tondela-Viseu, “onde a grave carência de enfermeiros já motivou demissões em bloco”.
A Ordem refere ainda que um abaixo-assinado, com quase uma centena de subscritores, foi também enviado ao Ministério da Saúde e às câmaras municipais de Tondela e Viseu, alertando para o problema daquele Centro Hospitalar.
A exposição, também enviada à Ordem, manifesta que a carência de enfermeiros se tem agravado, “ao ponto de as condições de trabalho porem em causa a segurança dos próprios profissionais e dos doentes”.
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