Na quarta-feira, a Ordem dos Médicos anunciou que iria pedir ao Ministério da Saúde o afastamento imediato do vogal Francisco Faro e a nomeação de um novo diretor clínico para o Centro Hospitalar Tondela-Viseu (CHTV).
“Vamos elaborar um ofício, no qual vai constar todas as dificuldades que foram enunciadas pelos diretores de serviço e, além disso, vamos pedir ao ministro da Saúde que afaste esse elemento do conselho de administração e que possibilite a nomeação de um diretor clínico”, disse o presidente da Secção Regional do Centro da Ordem dos Médicos, Carlos Cortes, na sequência de uma reunião, um dia antes, com diretores de serviços, de unidades e coordenadores do CHTV.
Estes diretores apresentaram na segunda-feira, formalmente, “a suspensão imediata” das suas funções por diversas razões “alicerçadas nos inúmeros problemas particulares de cada serviço”, segundo um documento a que a agência Lusa teve acesso.
“O desaparecimento completo da atividade do diretor clínico” e a “completamente inaceitável” (e “mais grave”) substituição, “em manifestações públicas da vida clínica hospitalar pelo vogal executivo [do conselho de administração]”, engenheiro [Francisco] Faro” é outro dos motivos apontados pelos subscritores do documento, dirigido ao diretor clínico que é também o presidente da administração do CHTV, Cílio Correia.
Na terça-feira, o ministro da Saúde, Adalberto Campos Fernandes, afirmou que a situação no CHTV seria resolvida a breve prazo.
“Nós temos a certeza que será resolvido a breve prazo”, afirmou aos jornalistas Adalberto Campos Fernandes, sobre a suspensão de funções dos diretores de serviços, assinalando que, segundo teve conhecimento, “é um problema entre parte do conselho de administração e os dirigentes”.
A Lusa tentou hoje de novo contactar o presidente do conselho de administração do Centro Hospitalar Tondela-Viseu, sem sucesso.
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