A requalificação do Itinerário Principal 3 (IP3), entre Viseu e Coimbra, deverá durar três a quatro anos, afirmou o ministro do Planeamento e das Infraestruturas, sublinhando que o tempo de viagem vai ser reduzido em um terço.
A primeira intervenção, que já conta com projeto e avaliação de impacto ambiental, deverá arrancar em 2019, entre o nó de Penacova e o nó da Lagoa Azul, que abrange a zona mais crítica do IP3, na zona da Livraria do Mondego, disse o ministro do Planeamento e das Infraestruturas, Pedro Marques, numa apresentação à porta fechada do projeto aos autarcas da Comunidade Intermunicipal (CIM) de Viseu, Dão e Lafões.
Segundo Pedro Marques, a intervenção vai permitir reduzir em cerca de um terço o tempo de viagem naquela estrada, garantindo também um “reforço muito grande da segurança da via e um reforço da própria competitividade económica da região”.
O ministro sublinhou que 85% do traçado vai ficar com perfil de autoestrada, com duas faixas em cada sentido -, quando hoje o IP3 apenas tem um quinto da via com esse perfil.
Mesmo assim, nos 15% onde não haverá um perfil de autoestrada, haverá, “em quase a totalidade, o perfil de duas [faixas] por uma”.
No total, só “3% do troço poderá ter que permanecer apenas com uma faixa para cada sentido”, em particular nas pontes, onde ainda vai ser avaliado se há condições “para algum tipo de alargamento”, explicou o ministro.
Pedro Marques sublinhou que a alternativa à requalificação do IP3 passaria pela “construção de autoestradas com portagens, que onerariam as famílias e as empresas”.
Questionado sobre a possibilidade de, no futuro, o IP3 ser transformado numa autoestrada como aconteceu no IP5, o ministro assegurou que o Governo “está a fazer esta obra assim para não transformar o IP3 numa autoestrada com portagens”.
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