A Câmara Municipal de Viseu aprovou as contas relativas ao ano de 2017. O Município encerrou o ano com um saldo de gerência superior a 28,8 milhões de euros.
Almeida Henriques, Presidente da Câmara Municipal, salientou que este “é o resultado de um trabalho de planeamento, de rigor, e de uma política financeira estruturada. A CMV manteve a sua situação financeira sólida e robusta graças à boa gestão dos dinheiros públicos”.
Durante o ano passado, as Grandes Opções do Plano tiveram um montante executado superior a 37,8 milhões de euros, tendo crescido 6,8 milhões de euros face a 2016.
O balanço permite perceber que a situação económica e financeira do Município foi melhorada em 2017, com o ativo líquido total do Município de Viseu a crescer 14 milhões de euros, perfazendo um total de 276,3 milhões de euros.
O Plano Plurianual de Investimentos cresceu face ao ano anterior 98.6% (PPI) e as Atividades Mais Relevantes 11,5%.
As políticas inclusivas que o Municipio tem levado a cabo têm como pilar a assunção das preocupações sociais. À semelhança dos anos anteriores, em 2017, a função social teve um grande destaque, 51,7% e uma realização de 19,6 milhões de euros.
Os investimentos feitos na requalificação e modernização do parque escolar municipal, assim como a concretização de despesas que lhe são inerentes, fazem com que nas GOP assuma relevância o setor educativo com 5,5 milhões de euros.
Na senda dos investimentos prioritários, também a cultura, o desporto, a juventude, o recreio e lazer representam 13,6% do total das GOP, com 5,1 milhões de euros. Neste bolo comum, 2,2 milhões de euros pertencem à cultura e 2,9 milhões de euros para a subfunção do desporto.
O desenvolvimento económico, a energia e a mobilidade fazem parte, e constituem a maior fatia, das funções económicas que no ano transato representaram 11 milhões de euros.
Em 2017, o Município reduziu o passivo, que agora se fixa nos 60,8 milhões de euros, e fez crescer em 15,1 milhões de euros os seus fundos próprios. No final do ano, a dívida total das operações orçamentais do Município de Viseu reduziu-se para os 21,9 milhões de euros, o que se expressou numa queda de 1,3 milhões de euros face à dívida inicial.
O ano transacto representou, para a Câmara Municipal, um reforço de 1,5% de autonomia financeira, fixando-se agora nos 78%. Os indicadores de liquidez e solvabilidade apresentam valores invejáveis.
Em 2017, o Resultado Líquido do Exercício exibiu um montante de quase 1,9 milhões de euros.
Todas as entidades do Município encerraram as contas de 2017 com resultados positivos, nomeadamente a SRU e a Habisolvis que mantiveram as contas de exploração positivas.
Durante a reunião do executivo, destacou-se ainda a capacidade das Águas de Viseu de obter resultados líquidos positivos em 2017. Não obstante a despesa superior em cerca de 1,3 milhões de euros face ao ano anterior, para ultrapassar a situação dramática de seca vivida no final do ano, foi possível obter um resultado líquido positivo superior a 95 mil euros. Depois de adotadas medidas extraordinárias, com custos adicionais, para fazer frente à seca, a despesa total atingiu os 11,7 milhões de euros. A gestão rigorosa adotada permitiu aumentar o investimento, responder à crise vivida e obter um resultado líquido positivo.
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