Durante a campanha eleitoral para as eleições autárquicas de 2017, a coligação “Unidos pelo Futuro” (CDS/PPM) defendeu que as reuniões da Assembleia Municipal (AM) deveriam ser descentralizadas, promovendo-se, assim, uma maior proximidade entre aquele órgão e os eleitores das 16 freguesias do concelho de Moimenta da Beira.
Posto isto, e considerando que os três deputados municipais do CDS manifestaram vontade de propor as medidas veiculadas no seu programa eleitoral, o Líder Parlamentar Municipal, Fernando Trinta Lopes, defendeu na última sessão ordinária que esta era uma medida que “pretendia aumentar a participação dos eleitores na vida política do concelho, dado que na parte inicial das reuniões poderia ser debatida a realidade da freguesia na qual se realizaria a AM”.
Para Fernando Trinta Lopes, a “democracia ganha outra dimensão quando as pessoas, para lá de se sentirem representadas, podem participar e conhecer a forma como se tomam as decisões”.
Aquilo que, ainda assim, o representante centrista não imaginava era que “a alegada incompatibilidade regimental da moção que levámos a votação pudesse ser o mote para que todos os partidos, com a exceção do CDS, inviabilizassem a aprovação de tal medida. Porque acreditamos na validade e relevância da nossa proposta, sentimo-nos na obrigação de dar a conhecer aos eleitores o facto de todas as forças partidárias terem abdicado de apoiar uma medida que daria mais voz aos cidadãos”.
A medida em causa foi rejeitada com os votos contra dos deputados do Partido Socialista, e com a abstenção dos deputados do Partido Social Democrata e do deputado do movimento independente Vai Acontecer.
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