A Academia de Ciências de Lisboa, a convite do Comité Nobel da Academia Sueca, a propôs Agustina Bessa-Luís como possível candidata para receber o Prémio Nobel da Literatura de 2018.
Em jeito de curiosidade… fica a saber que a escritora escreveu, em 1959, “A Mãe de um Rio”, um livro que Agustina escreveu depois de ter visitado Alvite, em Moimenta da Beira. A viagem inspirou-lhe a narração.
Quatro décadas depois, em 1998, a obra inspirou também o cineasta e realizador Manoel de Oliveira para “Inquietude”. Um filme baseado, em parte, neste livro que conta a história de Fisalina, uma camponesa que um dia descobre que tem pontas dos dedos em ouro e que durante mil anos ela será a mãe de um rio.
Mas Agustina Bessa-Luís, que a crítica considera “a mais rebelde e indómita escritora da cultura portuguesa”, e “um dos expoentes da literatura portuguesa contemporânea” atualmente com 95 anos de idade, não escreveu só “A Mãe de um Rio”. Gravou todo o conto com a sua própria voz. O CD existe e está à venda no mercado livreiro.
O Filme “Inquietude”, de Manoel de Oliveira, conquistou também vários prémios: “Grande Prémio das Américas” conquistado no Festival “Films du Monde de Montreal, Canada (1998); o “Prémio Life Achievement”, do Festival de Cinema de Jerusalém, Israel (1998); e o prémio “Melhor Filme”, dos Globos de Ouro da SIC (1999).
Foi ainda nomeado oito vezes para grandes festivais em todo o mundo; Cannes, França; Munique, Alemanha; Toronto, Canada; Vancouver, Canada; São Paulo, Brasil; Chicago, USA; Wochen Wien, Áustria; e Mar del Prata, Argentina.
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