A Companhia Portuguesa de Fornos Eléctricos completou um século sobre a sua fundação.
A unidade industrial instalada em Canas de Senhorim manteve-se a laborar mais de 70 anos e marcou não só gerações de trabalhadores e as suas famílias, como a própria comunidade concelhia e toda a região.
Foi um importante impulso económico pelos empregos criados na zona que chegou a atingir expressão substancial no PIB nacional.
A actividade industrial era de tal modo importante que, segundo o INE, a freguesia de Canas de Senhorim foi, durante vários anos, a segunda maior consumidora de energia eléctrica. Nela, chegaram a trabalhar em simultâneo mais de 800 trabalhadores.
Foi importante ao desenvolvimento da vila, à melhoria das condições de vida dos seus operários, face ao panorama do interior do país, à época, do curso, evolução e desenvolvimento da empresa.
Foi ainda fulcral no combate ao analfabetismo já que promovia aulas de instrução primária; ou também o interesse pela qualificação profissional dos operários com iniciativas formativas de conteúdos técnicos contribuindo para maiores índices de produtividade.
Todas estas variáveis organizacionais na década de 30/40 colocam esta empresa na vanguarda do que hoje se designa de “boas práticas “empresariais com preocupações e responsabilidades sociais.
A instalação desta empresa pública em Canas de Senhorim atraiu e fixou as pessoas no interior e teve impacto na rede escolar com a criação da Escola Técnica do Dão, em 1967, a primeira escola pública a ser sediada fora da capital do distrito.
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