Segundo o Correio da Manhã, um militar da GNR que desempenhava funções na Unidade Nacional de Trânsito começa a ser julgado em fevereiro.
O agente está acusado por corrupção e por passar informações sobre operações de fiscalização a um empresário e a um industrial. Os beneficiados são também arguidos no processo.
O cabo da GNR facultou previamente aos arguidos informações relevantes sobre quando e onde as operações de fiscalização se iriam desenrolar.
Em contrapartida o militar de 45 anos recebeu como recompensa pelas informações prestadas bens e serviços como um radiador e jantes para o seu veículo num valor não inferior a 150 euros.
Acusado de corrupção passiva, o Ministério Público pede que lhe seja ainda aplicada a pena acessória de proibição do exercício da função.
Já o empresário, de 48 anos, e o industrial, de 60 anos, vão responder por corrupção ativa.
Um dos arguidos era empresário de maquinaria industrial, sucatas e transporte de mercadorias, no concelho de Azambuja. Em 2014, foi também gerente de uma companhia de transportes que tinha a seu cargo o transporte de tomate de produtores para as fábricas de distribuição.
O peso da mercadoria excedia a carga legalmente permitida, mas com a ajuda do militar da GNR o empresário desviava as suas rotas e conseguia evitar as operações de fiscalização.
O segundo arguido, um industrial e proprietário de oficinas de automóveis,era ainda presidente do conselho de administração de uma sociedade ligada ao negócio de contentores e trabalhava numa sociedade da área da logística.
Desde 2012, o arguido beneficiava das mesmas informações da parte do militar. Em contrapartida, ofereceu ao agente um compressor de ar condicionado e de forma gratuita reparações nas suas oficinas para o carro.
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