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Julgamento Pedro Dias: Irmã de Lídia (mulher sequestrada) fala em tribunal

O julgamento de Pedro Dias começou no dia 3 de novembro na Guarda, hoje deu-se a quinta sessão do julgamento e ainda não se sabe quando Pedro Dias irá falar.

Dulce da Conceição, irmã de Lídia da Conceição (mulher que foi supostamente sequestrada em Moldes juntamente com António Duarte por Pedro Dias) foi a primeira testemunha a ser ouvida.

Dado que a mulher alegadamente sequestrada por Pedro Dias não está em condições de prestar declarações, será Dulce a relatar o que se passou com a irmã.

A defesa pediu para que o depoimento fosse rejeitado, uma vez que se tratava de um “testemunho de ouvir dizer”, mas o coletivo de juízes decidiu ouvir Dulce da Conceição e só mais tarde decidir se o testemunho será tido em conta.

Em tribunal Dulce, em nome da irmã que está impossibilitada de falar por causa de um AVC que sofreu, esclareceu que a irmã identificou claramente Pedro Dias como o homem que a sequestrou no dia 16 de Outubro do ano passado.

Segundo Dulce da Conceição, a irmã, nesse dia, tinha ido à casa de Moldes, que se encontrava desocupada, tirar a correspondência e arejar a casa da mãe de 91 anos, que vivia consigo.

Assim que colocou a chave na porta, apareceu alguém que a agarrou pelo pescoço e pelos cabelos e a arrastou para um outro compartimento da casa.

Pedro Dias, surpreendido pela visita, perguntou a Lídia o que estava ali a fazer e alertou-a que não o devia ter feito.

Dulce da Conceição explicou que a irmã tinha sido ameaçada com uma arma que Pedro Dias garantiu ter matado quatro pessoas e que ela poderia ser a próxima vítima.

Esclareceu ainda que antes de António Duarte aparecer (o vizinho que ouviu os gritos e a tentou socorrer acabando também sequestrado), Lídia esteve com as mãos e pés atados, olhos vendados e com uma batata na boca para não fazer barulho. A cabeça foi atirada várias vezes contra o chão e contra a parede.

Lídia contou à irmã que Pedro Dias se mostrou como “uma pessoa bem falante”, que levou 60 euros que tinha consigo e ainda três ou quatro rissóis. Confessou-lhe ainda que nunca tinha visto ninguém com tanta frieza e falta de humanidade.

Dulce da Conceição, afirmou na sessão que quando se deslocou à Unidade de Saúde de Arouca para ver a irmã… Lídia estava com o rosto desfeito e cheio de sangue, as mãos cheias de pontos, os lábios abertos e dedos marcado no pescoço.

Lídia da Conceição confessou à irmã que viu a morte à frente várias vezes e identificou Pedro Dias como sendo ele o autor do “massacre” quando viu as imagens na televisão.

O inspetor da Polícia Judiciária que coordenou a investigação dos crimes de Aguiar da Beira tinha já referido em tribunal que não havia dúvidas de que Pedro Dias tivesse estado na casa de Moldes.

Lídia da Conceição, após o AVC que sofreu, tem estado internada em várias instituições e segundo a irmã tem conseguido proferir apenas três palavras: olá, caramba e embora.

Mónica Quintela disse aos jornalistas que Pedro Dias se opôs à leitura, em tribunal, das declarações prestadas por Lídia da Conceição perante o Ministério Público, logo a seguir aos factos.

 

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