Na tarde de terça feira foi a vez da ex-namorada de Pedro Dias a fazer o seu depoimento. Ana Cristina Laurentino conheceu Pedro Dias em 2011. Bastaram 3 semanas para começarem uma relação, mas em Agosto de 2014 estava tudo acabado.
No dia em que a tragédia aconteceu, 11 de outubro do ano passado, Ana Laurentino estava ao volante do seu carro a caminho da escola onde trabalhava.
Ia devagar, por causa do nevoeiro forte que se fazia sentir, e durante a marcha apercebeu-se que o carro que a seguia lhe fez sinais de luzes. Ana decidiu encostar o carro na berma e nesse momento apercebeu-se que ao volante estava Pedro Dias que lhe pediu para ir até Vila Chã buscar uma carrinha. A ex-namorada do arguido afirmou que não se apercebeu se Pedro Dias estava ensaguentado na roupa, mas que lhe pareceu bastante calmo e contente por ter vencido a guarda da filha.
A caminho de Vila Chã, Pedro Dias pediu-lhe que caso fosse abordada que dissesse que tinha estado com ele durante a noite. E assim foi. Contactada pela GNR, nervosa e de certa forma desconfiada, chegou a mentir duas vezes. Até que acabou por contar a verdade quando se apercebeu do que estava em causa.
Durante a sessão, a ex-namorada do arguido explicou que Pedro Dias facilmente apresentava alterações súbitas de humor e que chegou por duas vezes a agredi-la fisicamente. “Era bruto e agressivo como tão depressa me pedia desculpa”. Contudo, defendeu a tese de que Pedro Dias seria incapaz de matar um animal que fosse. “O Pedro não mata um animal, respeita muito a natureza e os seres vivos”.
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