Pedro Dias o principal suspeito dos vários crimes de Aguiar da Beira, vai ser julgado pela prática de dois crimes de homicídio qualificado sob a forma consumada, dois crimes de homicídio qualificado sob a forma tentada, três crimes de sequestro, crimes de roubo de automóveis, de armas da GNR e de quantias em dinheiro, bem como de detenção, uso e porte de armas proibidas. Ao longo do debate instrutório, que decorreu no Tribunal de Trancoso, os advogados de defesa de Pedro Dias invocaram que encontraram na acusação do Ministério Público, deduzida em março, algumas nulidades e inconstitucionalidades, solicitando perícias adicionais.
O juiz de instrução não lhes deu razão e decidiu que Pedro Dias vai mesmo ser julgado por todos os crimes que constam na acusação.
Pedro Dias foi acusado também do homicídio de Liliane Pinto, a mulher atingida a tiro, durante o massacre de Aguiar da Beira.
A acusação do Ministério Público foi deduzida horas antes do debate instrutório do processo principal, onde foi discutida a morte do militar Carlos Caetano e do marido de Liliane, Luís Pinto.
A defesa de Pedro Dias, vai tentar a anexação dos processos. O objetivo é evitar dois julgamentos, já que estará sempre em causa uma pena de 25 anos de cadeia.
Pedro Dias tinha sido ouvido pela morte de Liliane em junho, mas recusou prestar declarações. Foi interrogado por videoconferência e conheceu as provas recolhidas pela PJ da Guarda.
Pedro Dias não tinha sido acusado da morte de Liliane no processo principal porque, quando o despacho do Ministério Público foi proferido, a mulher de 27 anos, ainda lutava pela vida.
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