A SIC Noticias avança que o próximo mês de setembro é a altura do arranque do julgamento de Pedro Dias, até porque no dia 10 esgota-se o prazo legal para manter o arguido em prisão preventiva, a lei indica 10 meses a contar do dia em que é aplicada a medida de coação e a menos que seja invocada a especial complexidade do processo, o suspeito dos crimes de Aguiar da Beira terá de ser libertado.
O Ministério Público faz contas depois da defesa ter pedido o adiamento do debate instrutório. Esteve marcado para 6 de junho mas a advogada Mónica Quintela alegou impedimento por conta de outros processos, para requerer que a diligencia fosse marcada em data posterior, o tribunal da Guarda fixou o dia 4 de junho oito dias antes das férias judiciais.
Segundo a SIC o Ministério Público ainda vai tentar que Pedro Dias seja interrogado antes, sobre a morte de Liliane Pinto, sendo certo que para já independentemente das datas que venham a ser agendadas, a intenção do tribunal é juntar este crime os homicídios do marido Luis Pinto e do militar da GNR Carlos Caetano, bem como aos dois homicídios de forma tentada e fazer um único julgamento.
A advogada Mónica Quintela advogou logo essa possibilidade no requerimento de instrução, sendo essa também a vontade da família de Liliane Pinto que a ser assim evitará depoimentos em duplicado.
O caso remonta a 11 de outubro do ano passado quando numa operação de rotina da GNR, ainda não eram 3 da manhã Pedro Dias atirou sobre Carlos Caetano junto ao hotel inacabado das termas de Cavaca em Aguiar da Beira.
Obrigou o outro militar a conduzir o carro patrulha e a fazer chamadas para o quartel sobre matriculas aleatórias só para despistar.
De seguida volta ao hotel e o arguido sujeita António Ferreira a carregar o corpo do colega para a bagageira.
Depois disso é Pedro Dias que se senta ao volante, segue para a Quinta da Lapa onde deixa António Ferreira com uma bala alojada na cervical e abandona a viatura da GNR na Quinta das Lameiras.
A pé chaga à nacional 229, onde manda parar o carro do casal de Trancoso que seguia para Coimbra, dispara sobre os dois e rouba-lhe o carro, Luis Pinto foi encontrado morto e a mulher Liliane viria a falecer a 12 de abril, seis meses depois do marido.
É a tese da acusação contra a qual a defesa diz ter argumentos a revelar durante o julgamento.
No interrogatório judicial a 10 de novembro Pedro Dias ficou em silencio e o mais certo é que mantenha idêntico comportamento no interrogatório sobre o homicídio de Liliane Pinto.
A arma era do GNR Carlos Caetano, a única que foi encontrada e está junta ao processo.
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