O Governo anunciou a obrigatoriedade de 35 horas de formação para condutores de tratores.
Em declarações à Lusa, o secretário de Estado das Florestas e do Desenvolvimento Rural, Miguel João Freitas, admitiu que o elevado número de acidentes com máquinas agrícolas é uma “situação muito preocupante” explicando que em muito se deve “à antiguidade” de condutores e máquinas.
“Vai haver uma alteração do ponto de vista da exigência na formação para a licença de condução de tratores, passando a haver formações no mínimo com 35 horas e com um conjunto de informação mais vasto do que o atual”,
O grupo de trabalho, constituído pelos ministérios da Agricultura, Administração Interna, GNR, Instituto de Mobilidade e Transportes e pela Autoridade para as Condições de Trabalho, está a trabalhar o combate à sinistralidade agrícola em diversas vertentes.
Quanto aos condutores, as novas regras na formação para futuros condutores e “ações de sensibilização” para os atuais é o caminho escolhido pelo executivo, sendo que quanto aos tratores o Governo quer que cada veículo tenha o “chamado arco de Santo António”.
Em 2017, segundo a Confederação Nacional das Cooperativas Agrícolas e do Crédito Agrícola de Portugal (Confagri), morreram cinco pessoas por mês em acidentes com tratores agrícolas, sendo que a GNR contabilizou 61 mortos ao volante daquelas viaturas.
Nos primeiros quatro meses de 2018 foram registadas 15 vítimas, nove mortais. Em Portugal estão registados mais de 80 mil tratores sem o chamado arco de Santo António e com mais de 20 anos, segundo dados no ministério da Agricultura.
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