O Centro de Tropas de Operações Especiais (CTOE), instituição que forma os conhecidos “rangers”, vai ser alvo de um investimento de 11 milhões de euros para “corrigir uma situação que começava a ser grave, de ausência de condições mínimas para que pudesse actuar normalmente”, anunciou o Ministro da Defesa Nacional, Azeredo Lopes, no final da visita que efectuou a Lamego na última sexta-feira. A partir de 2017, e ao longo dos próximos oito anos, o CTOE vai ser objecto de um projecto de reorganização das suas infraestruturas, com um conjunto de obras associadas. Esta “aspiração antiga” prevê a concentração das componentes operacional e de formação no Aquartelamento de Penude e a criação de alojamento em áreas de trabalho no Aquartelamento de Santa Cruz, onde serão investidos 2,9 milhões de euros. Em simultâneo, o Aquartelamento da Cruz Alta será “libertado” para outros fins.
Durante o périplo que o levou a conhecer, pela primeira vez, todas as instalações que compõem o CTOE, Azeredo Lopes enalteceu o espírito de colaboração da Câmara Municipal de Lamego para que este desfecho seja uma realidade. “Hoje pudemos apercebermo-nos que foi feito um esforço com muito rigor: não há aqui nenhuma despesa que consiga apontar como excessiva e, ao mesmo tempo, prevê a libertação de um dos espaços”, refere. Ao seu lado, Francisco Lopes, Presidente da autarquia, vincou a “ligação umbilical” que os lamecenses mantêm com o CTOE e com a vida militar, desde quase há dois séculos: “Trata-se de uma das mais emblemáticas instituições do nosso Exército e que, ao longo dos anos, granjeou grande fama no nosso país e no estrangeiro, nomeadamente pela sua participação em missões em cenários de guerra”.
Ao longo do dia, o governante aproveitou a deslocação a Lamego para conhecer a realidade das actividades de natureza militar desenvolvidas por esta unidade de elite do exército português, nomeadamente as suas múltiplas capacidades, valências e meios.
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